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Peripécias de um vírus fujão

O coquetel de drogas criado contra o HIV no ano passado provocou primeiro um grande entusiasmo e depois espanto geral. É que a mistura funciona, não há dúvida sobre isso. Mas o micróbio terrível, mais uma vez, arranjou um jeito de se esconder dos venenos. Robert Siliciano, da Universidade Johns Hopkins, explicou à SUPER a […]

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h35 - Publicado em 31 jan 1998, 22h00
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  • O coquetel de drogas criado contra o HIV no ano passado provocou primeiro um grande entusiasmo e depois espanto geral. É que a mistura funciona, não há dúvida sobre isso. Mas o micróbio terrível, mais uma vez, arranjou um jeito de se esconder dos venenos. Robert Siliciano, da Universidade Johns Hopkins, explicou à SUPER a frustração dos cientistas. “O vírus fica adormecido, sem se reproduzir, dentro de células inativas do sistema imunológico.” Nessa situação, o HIV não pode ser atacado, já que os remédios não entram nas células inativas, só nas que estão circulando pelo sangue. Aí, assim que a célula defensora é ativada por uma infecção qualquer (como uma gripe), o vírus da Aids volta a proliferar e a causar destruição. “De uma coisa temos certeza”, afirma Siliciano, que estudou agora as manobras do bicho. “O vírus não está ficando mais resistente às drogas.” Ou seja, se ele voltar a dar as caras, mesmo depois de muito tempo escondido, pode ser abatido assim que o coquetel for tomado. Em análises recentes, micróbios que estavam trinta meses na moita acabaram sucumbindo ao tratamento.

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    Dormindo com o inimigo

    Dentro de células defensoras inativas, o HIV fica imune às novas drogas.

    Vulneráveis na luta

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    Aqui, o HIV invade uma célula defensora que está ativa (núcleo verde), combatendo infecções.

    Depois, aproveita comandos químicos disparados pelo núcleo celular, copia seus próprios genes e prolifera.

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    Só que, durante a reprodução, os remédios fazem efeito sobre o vírus invasor, destruindo-o.

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    Infiltrados na reserva

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    Neste caso, o atacante ocupa uma célula inativa (núcleo laranja) das forças de reserva do exército orgânico.

    Nesta situação, o vírus não procria e os remédios não fazem efeito sobre ele.

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    Assim, as forças de reserva viram um depósito de inimigos adormecidos.

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    Chance de contra-ataque

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    Nesta situação, uma infecção qualquer, como gripe, ativa a célula de defesa para o combate.

    Mas, com isso, o núcleo celular dispara comandos que também ativam os genes do HIV.

    O vírus se reproduz. Se nesse meio tempo o paciente deixou de tomar as drogas, seu estado piora.

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