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Pesquisa estima que 76% da população de Manaus pode ter contraído o coronavírus

Em comparação, a taxa em São Paulo seria de 29%. Mas calma: o problema na capital amazonense ainda não terminou.

Por Rafael Battaglia
Atualizado em 9 dez 2020, 17h21 - Publicado em 9 dez 2020, 15h59
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  • Na última terça (8), uma pesquisa publicada na revista Science apontou que, em outubro, cerca de 76% da população de Manaus já poderia ter sido infectada pelo Sars-CoV-2. Em comparação, a taxa da cidade de São Paulo, na mesma época, seria de 29%.

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    O teste foi feito a partir de amostras de sangue coletadas em ambas as cidades: 882 em Manaus e 877 em São Paulo. Elas foram testadas para anticorpos IgG (imunoglobulinas do tipo G), cuja presença indica que a pessoa foi infectada pelo Sars-CoV-2 em algum momento.

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    O primeiro caso de Covid-19 em Manaus foi relatado em 13 de março. Desde então, a pandemia avançou fortemente pela cidade e por todo o estado do Amazonas. Na capital, onde o pico epidemiológico aconteceu em maio, os sistemas de saúde e funerário entraram em colapso.

    Em um estudo anterior, os pesquisadores estimaram que, em junho, 66% da população da cidade já havia tido contato com o vírus (em São Paulo, 13,6%). Na época, já se dizia que Manaus, provavelmente, atingira a imunidade de rebanho (entre 60% e 70% de infectados), a taxa necessária para frear a circulação do vírus.

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    De lá pra cá, houve, no entanto, um aumento de 10%. “Manaus representa uma população ‘sentinela’, dando-nos uma indicação baseada em dados do que pode acontecer se o Sars-CoV-2 puder se espalhar sem mitigação”, diz o estudo, que contou com a participação de várias instituições, como a Universidade de São Paulo, a Fundação Pró-Sangue-Hemocentro de São Paulo e a Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam).

    Apesar do resultado, os pesquisadores observaram que a estimativa de contaminados em Manaus ficou abaixo do previsto (que era 89% a 94% de infectados). A hipótese é que medidas preventivas, como lavar as mãos, higienizar superfícies e usar máscaras, aliadas à crescente imunização da população, possam ter contribuído para frear o avanço da doença. O objetivo, agora, é replicar o estudo em outras capitais brasileiras, como Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Fortaleza e Curitiba.

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    Os resultados de Manaus não significam que o problema acabou: a Covid-19 continua fazendo vítimas na cidade. A pesquisa ressalta que mais testes são necessários para avaliar a duração da imunidade da população (vale lembrar que, embora raros, casos de reinfecção pelo coronavírus já foram relatados pelo mundo). Continuar monitorando os casos é importante para analisar até que ponto essa imunização poderá evitar uma nova transmissão no futuro, além de ajudar a formular estratégias de vacinação para quem, teoricamente, já está imune.

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