Pó ao volante é fator de risco
Pesquisas realizadas nos Estados Unidos revelam que o uso de drogas compromete a habilidade de dirigir automóveis.
Pesquisas indicam que uma em cada quatro vítimas fatais de acidentes automobilísticos na cidade de Nova York usou cocaína nos últimos dois dias de vida. Por causa de dados como esses, médicos americanos tentam provar que, como se tudo o mais já não bastasse, a droga também compromete a habilidade de dirigir. Isso contraria estudos anteriores, que não apontam efeitos nocivos do pó sobre o estado de vigilância do motorista. Segundo John Mann, da Universidade de Pittsburgh, a cocaína deixa as pessoas mais agressivas e predispostas a assumir riscos. Além disso, as pessoas costumam beber ou tomar sedativos nos dias seguintes ao uso da droga para conter a ansiedade que ela desperta – e esta é uma mistura mortal. Para Armando Ramos, psicólogo da Escola Paulista de Medicina, consumo de drogas e controle de máquinas nunca se dão bem. “Até certo ponto os estimulantes afiam os sentidos”, explica, “mas a noção de perigo desaparece.”