PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

Por que temos pelos em certas partes do corpo e não em outras?

Cientistas descobriram que a resposta está na produção (e no bloqueio) de uma proteína

Por Luiza Monteiro
4 dez 2018, 18h17

O que faz com que seus braços e pernas sejam peludos e as palmas das suas mãos e pés não? Se você já se fez essa pergunta, saiba que muitos cientistas também. E alguns deles, mais especificamente um time de pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, foram atrás da resposta.

Em um trabalho publicado no fim de novembro na revista científica Cell Reports, os estudiosos americanos divulgaram seus achados. Eles descobriram que o nascimento (ou não) de pelos em certas partes do corpo está ligado a uma proteína chamada Dickkopf 2 (DKK2), produzida naturalmente em nosso organismo. Nas áreas em que ela está presente em maior quantidade, ocorre uma inibição do crescimento capilar.

De acordo com os autores, a DKK2 bloqueia as “vias de sinalização WNT”, canais celulares que têm entre suas funções controlar o nascimento de pelos. Nos experimentos, os pesquisadores analisaram a pele da sola do pé de ratos, que é bem parecida com a pele da parte interna do pulso dos humanos.

O que eles viram é que a DKK2 estava presente em grandes quantidades ali. Num segundo momento, os experts retiraram a proteína da porção de pele analisada – o resultado: pelos começaram a crescer em uma área normalmente “descabelada”.

Os pesquisadores também investigaram esse processo em animais que têm a sola dos pés peluda, como coelhos e ursos polares, e viram que, ao contrário do homem e dos ratos, eles quase não têm DKK2 nessa área.

Continua após a publicidade

Para os cientistas, isso sugere que a produção da proteína em certas partes do corpo foi alterada durante a evolução a fim de permitir que os pelos crescessem de acordo com a necessidade de cada animal. No nosso caso, ter as palmas das mãos e dos pés sem pelos ajudou muito no desenvolvimento do tato e também na habilidade de caminhar.

Segundo Sarah E. Millar, uma das autoras do estudo, esses achados não servem só para efeito de curiosidade. Os próximos passos são entender como eles podem ajudar na cicatrização de feridas e no tratamento de alopecias, doenças que atingem homens e mulheres e provocam queda de cabelo.

Publicidade


Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.