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Risco de depressão e outras doenças mentais aumenta após Covid-19 grave

Estudo com mais de 18 milhões de pacientes mostra que o efeito na saúde mental é bem maior entre pessoas não vacinadas.

Por Bruno Carbinatto
Atualizado em 22 ago 2024, 17h00 - Publicado em 22 ago 2024, 16h00

A incidência de doenças mentais como depressão e ansiedade aumenta após quadros de Covid-19, mostrou um novo estudo que avaliou dados de mais de 18 milhões de pessoas. A pesquisa também mostrou que os riscos são maiores entre pacientes não vacinados e que tiveram casos graves da infecção. 

O estudo, liderado por pesquisadores britânicos, foi publicado na revista científica JAMA Psychiatry. Cientistas analisaram os registros médicos de milhões de pessoas na Inglaterra, em três grupos diferentes. A primeira e principal amostragem contou com informações sobre 18,6 milhões de britânicos coletadas entre janeiro de 2020 e junho de 2021, num período anterior à disponibilização das vacinas. Desses, mais de um milhão foram diagnosticados com Covid-19 no intervalo.

O segundo e o terceiro grupo foram de pessoas tratadas na segunda metade de 2021, diferenciando vacinados (14 milhões) e não-vacinados (3,2 milhões).

Os pesquisadores compararam a incidência de transtornos mentais entre os pacientes que tinham tido Covid-19 e os que não foram infectados. A equipe incluiu diversas doenças: depressão, ansiedade, distúrbios alimentares, transtorno pós-traumático, vícios, automutilação e suicídio, por exemplo.

Os resultados mostraram que casos graves de Covid-19 em pessoas não-vacinadas, que resultam em hospitalização, levavam também a um aumento significativo nos quadros de doenças mentais como efeitos adversos. O efeito foi observado principalmente entre a primeira e a quarta semana após o diagnóstico da infecção viral – mas a incidência de distúrbios continuou acima do normal entre esse grupo por até um ano após a Covid-19.

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Colocando em números, pessoas que tiveram casos graves de Covid-19 apresentaram 16 vezes mais chances de desenvolver depressão e outros transtornos mentais nas semanas subsequentes do que quem não contraiu a doença.

Já aqueles que tiveram casos de Covid leve, que não exigiram internação, tiveram apenas uma chance um pouco maior de ter doenças mentais do que quem passou ileso do vírus: 1,22 vezes.

Na amostra de pessoas vacinadas, não houve aumento significativo entre a incidência dos distúrbios, mostrando um poder protetivo dos imunizantes também contra os efeitos na saúde mental.

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Anteriormente, outras pesquisas com amostragens menores e mais limitadas já haviam encontrado uma ligação entre a Covid-19 e sintomas na saúde mental, mas a nova análise foi a primeira a colocar a vacinação na balança.  

“Nossos resultados destacam a importância da vacinação contra a Covid-19 na população em geral e, particularmente, entre aqueles com doenças mentais, que podem estar em maior risco”, diz Venexia Walker, epidemiologista da Universidade de Bristol e uma das autoras do estudo.

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