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Uma em cada 20 pessoas tem alucinações

Pesquisas recentes mostram que 5% da população teve pelo menos um episódio no ano passado - incluindo gente totalmente saudável.

Por Ana Carolina Leonardi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
21 fev 2017, 18h35
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  • Ouvir vozes e sons inexplicáveis e enxergar coisas inexistentes. Esses são sintomas assustadores, que estamos acostumados a associar a psicoses graves. Mas se você anda vendo coisas que não estão ali, não está sozinho: 1 em cada 23 pessoas experimentou alguma alucinação no ano passado. E esses resultados estão desafiando a forma como a psiquiatria classifica os transtornos mentais.

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    As doenças mentais são classicamente divididas entre neuroses e psicoses. As primeiras são as mais comuns e conhecidas: ansiedade, depressão, fobias, TOC e distúrbios alimentares. Nos últimos anos, elas estão sendo cada vez mais aceitas pela sociedade. Não é o caso das psicoses: esquizofrenia, transtorno borderline e de personalidade dissociativa ainda são doenças muito associadas à ideia de loucura e insanidade.

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    As alucinações são marcas características ds psicoses, mas não das neuroses – ou pelo menos é que se acreditava até agora. Um estudo recente publicado no British Psychiatry Journal resolveu investigar como essas experiências estranhas aparecem em diferentes diagnósticos. Eles analisaram a saúde mental de 7 mil adultos na Inglaterra. O grupo incluía gente com diferentes quadros psicológicos – e até quem não tinha histórico de distúrbio emocional nenhum. Todos responderam se, no último ano, tinham tido uma alucinação – e quantas vezes isso aconteceu.

    Entre as pessoas com transtorno borderline, 13,7% disse ter alucinado pelo menos uma vez, menos do que os pesquisadores esperavam. Já entre pacientes com quadros clássicos de depressão e ansiedade, sem experiências psicóticas, o resultado foi quase igual: 12,6%. Ou seja,  a alucinação não escolhe diagnóstico: um esquizofrênico não é menos normal que um ansioso.

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    Coisa de gente normal

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    Só que as conclusões da pesquisa vão além. Dos 7 mil entrevistados, 4,3% disseram ter tido alucinações no ano anterior – incluindo as pessoas que são absolutamente saudáveis do ponto de vista da psiquiatria. E o estudo não foi o único a ver que o fenômeno é mais comum do que se imaginava.

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    Em 2015, uma pesquisa ainda maior, feita com 31 mil pessoas em mais de 15 países, chegou a um número parecidíssimo: 5% da população em geral dizia ter tido alucinações. Em um Maracanã lotado, seriam quase 4 mil pessoas que passaram pela experiência – que pode ser visual e auditiva, mas também afetar outros sentidos, desde sentir um cheiro inexistente e até ter a sensação de que está flutuando.

    Com tanta gente admitindo ter alucinações, fica mais fácil desestigmatizar o fenômeno. E é exatamente isso que os pesquisadores esperam que aconteça. “Alucinações podem ser assustadoras e poucas pessoas falam sobre isso. Nossa pesquisa pode mostrar que elas não estão sozinhas – e que ter esses sintomas não necessariamente quer dizer ter uma doença mental”, falou o líder da pesquisa, Ian Kelleher, ao Internacional Business Times.

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