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Vício em trabalho está ligado a vários distúrbios psiquiátricos

Déficit de atenção, TOC e ansiedade são muito mais comuns entre as pessoas que trabalham demais.

Por Ana Carolina Leonardi
Atualizado em 18 jun 2019, 17h52 - Publicado em 31 Maio 2016, 19h15
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  • Você chega em casa, mas a sua cabeça ainda está logada no computador da empresa; tem que se concentrar para não acessar os e-mails no domingo de manhã. Esse descontrole na importância dada ao trabalho já pode ser um problema complicado sozinho — essas pessoas geralmente se afastam da família e vivem sob um estresse constante.

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    Mas a situação fica ainda mais complicada: em um estudo com mais de 16 mil pessoas, cientistas descobriram que alguns distúrbios psiquiátricos aparecem muito mais em quem é viciado em trabalho.

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    Dos 16.426 trabalhadores noruegueses que participaram da pesquisa, 7,8% eram compatíveis com o diagnóstico de vício no trabalho. Três em cada 10 deles também tinham sinais de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Entre os que não eram workaholics, só 12% apresentavam TDAH.

    Na mesma proporção, a ansiedade é mais comum entre os trabalhadores compulsivos — aflige 33% deles, e só 11% dos sadios.

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    E a pesquisa vai além: mais de um quarto dos workaholics apresentavam o transtorno obsessivo-compulsivo. O TOC era ainda menos comum no outro grupo: só aparecia em 8,7% dos voluntários.

    A linha entre um trabalhador dedicado e um workaholic é difícil de definir, mas geralmente os viciados em trabalho não conseguem controlar o tempo que passam na labuta — se planejam para parar às 17h e, quando percebem, viraram a madrugada. Outro alerta é quando o indivíduo passa a sacrificar outras obrigações — sociais, familiares e até de saúde — para seguir trabalhando.

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    Apesar da relação entre o vício no trabalho e os distúrbios psiquiátricos frequentes, os cientistas não sabem dizer se um é a causa do outro. Tanto é possível que o TOC leve a uma obsessão com o trabalho quanto o workaholic desenvolver pequenas compulsões em outras áreas.

    Independentemente de quem veio primeiro, a mistura dos dois geralmente potencializa ambos os distúrbios. Os pesquisadores acham provável que pessoas com déficit de atenção acabem se forçando a trabalhar em excesso para compensar as distrações. Quanto mais ficam cansadas, mais difícil se concentrarem, e assim segue o ciclo.

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    Para os ansiosos e as pessoas com TOC, o trabalho vira uma compulsão socialmente aceitável. A ideia generalizada de que trabalhar faz bem acaba escondendo o lado compulsivo do estilo de vida dos workaholics. O mesmo trabalho que “enobrece o homem”, na dose errada, adoece.

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