Conheça o Clube dos Exploradores, uma sociedade secreta escondida em Nova York
Fundado em 1905, o clube já teve como membros pessoas como o astronauta Neil Armstrong e a aviadora Amelia Earhart.
O bairro de Upper East Side é um dos mais charmosos – e caros – de Nova York. Próximo ao Central Park, ele abriga casas milionárias, cafeterias descoladas e é o lar de alguns dos principais personagens de Gossip Girl e Sex and the City.
Mas o lugar também esconde um clube centenário e ultra-exclusivo. Seus membros? Pessoas do calibre de Neil Armstrong e Buzz Aldrin (os primeiros homens a pisarem na Lua), Amelia Earhart (pioneira da aviação) e Theodore Roosevelt (antigo presidente dos EUA). Estamos falando do Clube dos Exploradores.
Localizado em uma mansão de seis andares de 109 anos de idade, o grupo é uma organização que, como o nome já diz, é formada por quem se dedica a explorar os cantos mais inóspitos do planeta – e do espaço – além de promover a difusão do conhecimento e da ciência.
O clube foi fundado em 1905 para ser um ponto de encontro entre exploradores e cientistas do mundo todo. Hoje, com satélites e Google Maps, é fácil dar um pulinho na Antártida. Mas no início do século 20, obter uma foto ou relato de uma visita a Floresta Amazônica ou ao deserto do Saara era um feito histórico.
Dentre os membros mais ilustres, há exploradores famosos por terem sido os pioneiros em alguma coisa, como Robert E. Peary e Matthew Henson, os primeiros a chegar ao Polo Norte, em 1909, e Edmund Hillary e Tenzing Norgay, que alcançaram o topo do Evereste na frente de todo mundo em 1953.
Além deles, há personalidades de todos os tipos, do príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth, a James Cameron, diretor de Avatar e que, nas horas vagas, é também explorador marinho. Atualmente, são 3.500 membros espalhados em 32 países, em sua grande maioria paleontólogos, oceanógrafos, arqueólogos e outros cientistas dispostos a ir a campo.
Mansão dos Exploradores
O casarão do Upper East Side foi doado por um dos membros do clube e é usada desde 1965 como a sede oficial do clube. Antes, os exploradores se juntavam em reuniões esporádicas, sem um lar para chamar de seu.
O acervo do local é de fazer inveja. São mais de 13 mil livros, 5 mil mapas, 500 filmes e cerca de mil objetos trazidos das mais diversas viagens e com histórias por trás tão empolgantes quanto um livro do Júlio Verne. Há desde o trenó usado na primeira ida ao Polo Norte até presas de mamute encontradas no Alasca e exemplares de bandeiras do clube que viajaram nas missões Apollo até a Lua.
O clube, que já não é tão secreto assim, possui site oficial e até uma conta no Instagram, na qual eles relatam o cotidiano da organização pelo planeta. E mesmo que você não tenha cruzado o Pacífico em uma jangada, dá tanto para ajudar financeiramente a instituição quanto pagar por uma visitação. Ela custa US$ 25 e pode ser feita durante as palestras públicas semanais da sociedade.
De acordo com a BBC, o Clube dos Exploradores planeja fazer, nos próximos meses, um encontro com o maior número de astronautas do projeto Apollo, em comemoração aos 50 anos do pouso da Apollo 11 no nosso satélite natural. É exclusivo (e um tanto inacessível)? Sim. Mas não deixa de ser fascinante, assim como a Terra.