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Infográfico: a balança comercial brasileira

Em 2022, as exportações do Brasil somaram US$ 335 bilhões. As importações, US$ 202,7 bi. Ou seja, vendemos bem mais do que compramos: superávit de US$ 62,3 bi – 1,5% a mais em relação a 2021 e um recorde da série histórica, que começou em 1989. Veja quem são os nossos principais parceiros comerciais.

Por Rafael Battaglia
19 Maio 2023, 10h18
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  • Texto Rafael Battaglia | Design Juliana Krauss | Edição Alexandre Versignassi

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    Exportações

    O que entra na conta

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    A balança comercial considera itens primários (as commodities, que vêm da agricultura, da pecuária e da mineração) mais produtos feitos pela indústria. Não entram na equação serviços, gastos com turismo nem o frete e o combustível do comércio exterior (tudo isso é contabilizado em outra balança – a de serviços). Veja o infográfico abaixo:

    Infográfico sobre exportação.
    Clique na imagem para ampliá-la. (Arte/Superinteressante)

    Os mais pedidos

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    Soja, petróleo e minério de ferro somaram 28% das exportações em 2022. 70% da soja e 63% do minério de ferro daqui vão para a China – que os usa, sobretudo, para ração animal e construção civil. O país virou o principal parceiro comercial do Brasil em 2009, desbancando os EUA.

    Qué pasa, hermano

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    A Argentina é o 3º maior destino das nossas exportações. Vendemos, principalmente, minério de ferro, automóveis e tratores. Mas, em 2021, perdemos o posto de maior fornecedor para a China. O país asiático ficou com 21,4% das importações argentinas (nós temos 19,6%). Os chineses vendem, sobretudo, notebooks, TVs e herbicidas.

    Infográfico com dados sobre exportação.
    (Arte/Superinteressante)

    Terra do Van Gogh

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    O 4º maior parceiro do Brasil é a Holanda, que em 2020 dobrou a sua compra de soja. O trunfo holandês é o porto de Roterdã, o maior da Europa. O país aproveita a vantagem logística para fazer comprinhas extras: 60% da soja adquirida é reexportada para outros países europeus (crua ou sob a forma de farinha ou óleo, que têm maior valor agregado).

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    Importações

    Infográfico sobre importação.
    Clique na imagem para ampliá-la. (Arte/Superinteressante)

    Direto para o agro

    Somos o quarto maior consumidor de fertilizantes do mundo e o maior importador: 85% do que é usado aqui vem de fora (US$ 24,8 bi, em 2022). Desse total, 23% vem da Rússia – o que ajuda a entender a não-adesão do Brasil às sanções econômicas impostas ao país após a invasão na Ucrânia.

    Mais petróleo?

    O Brasil produz 3 milhões de barris por dia e consome 2,5 mi. Ainda assim, nossa segunda maior importação é a de combustíveis (US$ 23,6 bi), pois as refinarias não dão conta de atender à demanda interna por gasolina, diesel e derivados. O país também importa petróleo bruto leve – que é misturado no refino com o óleo extraído aqui, mais pesado.

    O pão nosso

    O Brasil depende do trigo argentino: importamos 4,5 milhões de toneladas em 2022. O número deve diminuir em 2023, já que secas e geadas derrubaram a colheita pela metade na Argentina. Mas essa dependência tem diminuído: além de comprarmos de outros países (EUA, Rússia, Canadá), o Brasil teve safra recorde do grão (9,5 milhões de toneladas).

    E a Shein?

    A blusinha que você compra online não entra na conta da balança comercial. Produtos do tipo ficam na seara das importações de baixo valor via encomendas internacionais – que somaram US$ 30 bilhões desde 2010. 44% dessas compras (US$ 13,1 bi), vale dizer, foram feitas só em 2022.

    Infográfico com dados sobre exportação e importação.

    Usamos os valores e a classificação disponíveis na plataforma Comex Vis, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Agradecimento: Carla Beni, economista e professora de MBAs da FGV.

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