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Nobel da Paz 2022: conheça os defensores dos direitos humanos que levaram o prêmio

A láurea homenageou um ativista e duas organizações que defendem a democracia nos países vizinhos Rússia, Ucrânia e Belarus.

Por Luisa Costa
Atualizado em 7 out 2022, 17h07 - Publicado em 7 out 2022, 17h07
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  • O prêmio Nobel da Paz de 2022, anunciado nesta sexta-feira (7), foi para um trio de defensores dos direitos humanos e da democracia: Ales Bialiatski, de Belarus, a organização russa Memorial e a organização ucraniana Center for Civil Liberties (ou “Centro para as Liberdades Civis”, em tradução livre) .

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    Os laureados representam a sociedade civil em seus países de origem e, por muitos anos, trabalharam para documentar crimes de guerra, abusos dos direitos humanos e de poder. Segundo o comitê do prêmio, “[eles] revitalizaram e honraram a visão de Alfred Nobel de paz e fraternidade entre as nações – uma visão mais necessária no mundo de hoje”.

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    O anúncio aconteceu no mesmo dia do aniversário de Vladimir Putin, mas Berit Reiss-Andersen, presidente do comitê norueguês do Nobel, disse que o prêmio não é endereçado ao presidente russo – “exceto pelo motivo de que seu governo, assim como o de Belarus, representa um regime autoritário que suprime ativistas dos direitos humanos”.

    O Prêmio Nobel dá 10 milhões de coroas suecas (R$ 4,8 milhões) para os vencedores. A quantia será entregue em uma cerimônia realizada em Oslo, em 10 de dezembro – aniversário de morte do químico sueco Alfred Nobel, que faleceu em 1896 e deixou sua fortuna para a criação do prêmio.

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    A participação do ativista Ales Bialiatski na cerimônia de premiação é incerta, porque ele foi detido em julho do ano passado em meio a uma ampla repressão a grandes manifestações contra o regime bielorusso. Berit Reiss-Andersen pediu a Belarus que o laureado possa participar do evento.

    Em 2021, quem levou o Nobel da Paz foram dois jornalistas que atuam em prol da democracia e da liberdade de expressão. Eles são Maria Ressa, que combate o populista Rodrigo Duterte nas Filipinas, e Dmitry Muratov, editor-chefe de um jornal fundado com apoio de Mikhail Gorbatchov (ex-líder soviético, morto em agosto) e alvo da repressão de Putin.

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    Quem são os ganhadores

    Ales Bialiatski fundou a organização Viasna, em 1996, que prestava apoio àqueles que participavam de manifestações antigovernamentais. Ela se tornou uma grande organização em prol dos direitos humanos, que documenta e protesta contra o uso de tortura pelas autoridades contra presos políticos.

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    Bialiatski é um dos principais nomes da oposição ao atual presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko – aliado de Putin e acusado de violar direitos humanos no país, perseguindo e prendendo opositores ao seu governo.

    Já a organização russa Memorial foi criada em 1987 por ativistas de direitos humanos da extinta União Soviética – como o físico russo Andrei Sakharov, que também recebeu um Nobel da Paz em 1975 pela sua luta pelos direitos humanos.

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    Os membros da Memorial estabeleceram um centro de documentação sobre as vítimas da opressão da era stalinista. Após o fim da União Soviética, ela se tornou a maior organização de direitos humanos da Rússia, compilando e sistematizando informações sobre episódios de opressão política. Segundo o comitê do Nobel da Paz, a Memorial é hoje a fonte mais confiável de informações sobre prisioneiros políticos em centros de detenção russos.

    O Center for Civil Liberties atua para a promoção de um governo baseado no Estado de Direito na Ucrânia. A organização surgiu na capital Kiev, em 2007, para promoção dos direitos humanos e da democracia no país.

    Os membros do Center trabalham para fortalecer a sociedade civil ucraniana e defendem ativamente que o país se afilie ao Tribunal Penal Internacional (TPI) – um tribunal de justiça permanente de âmbito internacional, do qual o Brasil faz parte, e que foi estabelecido em 2002 na cidade holandesa de Haia.

    Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em fevereiro deste ano, o Centro para as Liberdades Civis trabalha para identificar e documentar crimes de guerra russos contra a população civil ucraniana.

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