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Quanto custa um prêmio Nobel? Medalhas já foram vendidas várias vezes; veja exemplos

Vencedores já leiloaram seus prêmios para financiar pesquisas científicas, ajudar refugiados e até para pagar despesas médicas.

Por Maria Clara Rossini
9 out 2025, 16h00

Francis Crick e James Watson não compartilharam apenas o laboratório na Universidade de Cambridge. A dupla, com também Maurice Wilkins, ganhou o Nobel de Medicina de 1962 pela descoberta da estrutura de dupla-hélice do DNA. (Hoje, sabe-se que a química Rosalind Franklin também colaborou na pesquisa, mas ela morreu antes de ver o prêmio ser entregue ao trio de cientistas)

As medalhas de Crick e Watson tiveram o mesmo destino: ambas foram parar nas mãos de bilionários. A família de Crick leiloou o Nobel e outros pertences do cientista em 2013, nove anos após sua morte. Não foi por necessidade financeira: segundo a neta de Crick, o dinheiro arrecadado seria destinado a pesquisas científicas.

O chinês Jack Wang, fundador da empresa biomédica Biomobie, arrematou a medalha por US$ 2,7 milhões na época, o equivalente a US$ 3,7 milhões em valores atuais. Em depoimento, Wang disse que repassaria o prêmio ao funcionário da empresa que mais contribuísse com novas tecnologias, como forma de incentivo.

Em 2014, James Watson repetiu o feito da família de Crick, mas por outra razão. Ele é o primeiro laureado vivo a vender a própria medalha do Nobel. Não foi por dinheiro, mas um protesto. Na época, ele afirmou que havia se tornado uma “não pessoa” perante a comunidade científica. Watson é criticado por suas declarações que associam inteligência a etnia – uma visão racista já refutada pela ciência.

O investidor russo Alisher Usmanov comprou a medalha por US$ 4,1 milhões (US$ 5,6 milhões, atualmente). Ele devolveu o prêmio a Watson no ano seguinte, e disse que gostaria que o dinheiro do leilão fosse investido em pesquisas.

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Depois de Watson, o físico Leon Lederman tornou-se a segunda pessoa viva a leiloar sua medalha do Nobel. Ele foi laureado em 1988 pela descoberta de uma partícula elementar chamada neutrino do múon. Lederman também escreveu o livro The God Particle, que resultou na alcunha “Partícula de Deus” para se referir ao Bóson de Higgs.

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O físico vendeu a própria medalha em 2015 por US$ 765 mil (US$ 1,04 mi de hoje). Ele usou a grana para comprar uma casa de férias – que se tornou sua residência principal – e para arcar com despesas médicas (Lederman teve demência no fim da vida).

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Mas nenhuma dessas histórias se equipara ao Nobel mais caro já vendido, que pertencia a um… jornalista. O russo Dmitry Muratov, diretor do jornal Novaya Gazeta, conquistou o Nobel da Paz em 2021 pela sua luta a favor da liberdade de imprensa. O prêmio foi leiloado no ano seguinte por US$ 103 milhões, valor que foi destinado a crianças refugiadas na Ucrânia.

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