Para provar que dominam a técnica de construir aparelhos microscópicos e que vão revolucionar a engenharia e a eletrônica na próxima década, Harold Craighead e Dustin Carr, da Universidade Cornell, deram uma de roqueiro. Eles conseguiram recortar um chip de silício, igual aos dos circuitos de computador, a ponto de esculpir uma guitarra que tem somente 1 centésimo de milímetro de comprimento. Este é o tamanho de uma célula do sangue. E ela funciona mesmo. Basta usar um instrumento chamado microscópio de força atômica, que tem uma agulha superfina e eletrificada, capaz de “puxar” as cordas. “Só que a intenção não era fazer música”, disse Carr à SUPER. “Então, não afinamos as cordas uma a uma. Todas elas tocam a mesma nota, tão aguda que não pode ser captada pelo ouvido humano.”
Sob o microscópio
Um detalhe da corda revela a precisão da nova técnica.
Na espessura de cada corda cabem apenas 100 átomos, um ao lado do outro.
Imagine a dimensão: o raio do átomo mede 25 milionésimos de milímetro.