A vendo a Amazônia do século XXI
A plataforma polar americana POP-1 poderá oferecer imagens e informações importantes para o estudo da região amazônica.
Isso é o que se pode chamar de idéia a longo prazo. Quando for lançada no final de 1996, a plataforma polar americana POP-1, espécie de sonda espacial que faz parte do projeto da estação orbital Freedom (SUPERINTERESSANTE número 8, ano 3), terá, entre outras, a atribuição de monitorar o ciclo hidrológico da floresta amazônica. A proposta é de uma equipe brasileira coordenada pelo INPE (Instituto de Pesquisas Espaciais).
No ano passado, a NASA pediu a entidades científicas do mundo todo que oferecessem sugestão da plataforma polar, cujo alcance será ainda maior que o dos satélites de sensoriamento remoto Landsat e Spot – os responsáveis pelos polêmicos cálculos de áreas devastadas da floresta tropical. Mas para que olhar lá do alto os caminhos das águas amazônicas até o oceano? Responde o engenheiro agrônomo Getúlio Teixeira Batista, do INPE: “Com essas observações, pretendemos estudar a carga de sedimentos e nutrientes trazida pelas águas ao solo amazônico, os problemas da erosão e o impacto do desmatamento”.