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Análise das distâncias revela a terceira dimensão das constelações

Artigo do astrônomo Augusto Damineli Neto sobre distâncias de estrelas.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h39 - Publicado em 30 abr 1992, 22h00

Augusto Damineli Neto

As estrelas não estão pregadas na abóbada celeste e as constelações não reúnem astros próximos entre si, como se imaginou durante milênios. O que se vê no céu são simples projeções, como a fotografia de uma paisagem, cujas árvores e nuvens aparecem superpostas nem mesmo plano. Como o Cruzeiro do Sul é uma importante referência do céu, vale a pena reconstruir sua autêntica imagem. Primeiro, é preciso achar a identificar seus componentes. Cada estrela nasce a certa hora: este mês, embora não se possa vê-lo devido à Luz do Sol, o Cruzeiro ergue-se cerca de 4 horas antes do acaso; ou seja, quando escurece ele já, está bem acima do horizonte. A estrela do pé da constelação é Acrux, a da ponta superior, Gacrux, a do braço, esquerdo, Mimosa, a do braço direito, Delta Crucis. Epsilon Crucis é a Intrometida. Quando se estica o braço direito, o comprimento do polegar projetado contra o céu cobre o braço maior do Cruzeiro, indicando que ele se mede cerca de 5 graus. A partir daí, também se pode identificar a famosa Alfa do Centauro (ou Alfa Centauri, em latim). Trata-se da estrela mais próxima do Sol, situada a 4,2 anos-luz (o ano-luz mede 9,5 trilhões de quilômetros). Para encontrá-la, volta-se a esticar o braço, abre-se um palmo e coloca-se a ponta do dedo mindinho sobre Delta Cruci; agora gira-se a mão até a ponta do polegar ficar sobre a estrela mais brilhante dessa região, de cor amarelada. Em pouco à direita da Alfa estará a Beta do Centauro.

Qual dessas sete estrelas você imagina estar mais longe ou mais perto do Sol?
Confira seu “chute” na ilustração abaixo. Alguns desses astros são na verdade duas ou três estrelas girando à volta uma da outra. Pelo menos os pares mais brilhantes dos sistemas de Alfa Centauri e de Acrux podem ser vistos com facilidade eom uma pequena luneta.

Acompanhe a pirueta de Saturno Saturno move-se cada vez mais devagar com relação a um fundo fixo de estrelas para realizar o que os astrônomos chamam “laçada”: no início de junho, ele deixará de se deslocar de oeste para leste, e começará a recuar. Esse movimento, apenas aparente, se deve a uma complexa conjugação do movimento real dos astros. É possível acompanhá-lo mês após mês até meados de outubro, quando retornará o curso normal. A pirueta ocorre em Capricónio.

Os astros brilhantes ao lado da Lua são:

Castor e Pollux, em 7 de maio a 3 de junho.

Regulus e Júpiter, em 10 de maio.

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Spica, 13 e 14 de maio.

Antares, em 17 de maio.

Saturno, em 23 de maio.

Marte, em 27 e 28 de maio.

Desafio: encontre as luas galileanas

As quatro maiores luas de Júpiter (ele tem 17) podem ser vistas com instrumentos tão simples quanto um binóculo, desses comprados para ver o Halley. Deite-se no chão para dar firmeza às mãos. Se você enxergar três ou quatro pontinhos brilhantes perfeitamente alinhados com o equador de Júpiter, parabéns! Você estará vendo o mesmo que Galileu, quando descobriu as luas em 1610.

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Planetas

Mercúrio: visível ao amanhecer, acima do horizonte leste, até meados de maio. Por estar sempre baixo no horizonte, poucas pessoas já tiveram o privilégio de vê-lo (magnitude -0,5).

Vênus: deixa de ser visto apartir da segunda semana de maio por estar muito próximo ao Sol. Reaparecerá no final de julho, ao anoitecer.

Marte: procurá-lo a partir das 3h30, em Peixes, acima do horizonte leste (magn. 1,0).

Júpiter: pode-se vê-lo em Leão, bem alto no céu, ao anoitecer. Ele se põe por volta da meia-noite (magn. -2,1).

Saturno:
visível no Capricórnio, a partir da maia-noite, acima do horizonte leste (magn. 0,7).

Urano, Netuno e Plutão:
invisíveis a olho nu.

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