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Cientistas ensinam robôs a acompanhar tráfego de pedestres

Máquinas que trabalham em lugares movimentados precisam se locomover no ritmo das pessoas - e saber lidar com imprevistos

Por Guilherme Eler
1 set 2017, 19h23
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  • Você não precisa estar a bordo de um veículo para ter de cumprir normas de trânsito. Manter-se do lado direito, respeitar filas, não correr além da conta ou ficar “costurando” por entre o fluxo: tudo isso vale também para quem anda a pé – principalmente em lugares mais movimentados.

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    Mas, e se quem se locomove entre a multidão não conseguir acompanhar o ritmo? Às vezes, é preciso apertar ou reduzir o passo para desviar de obstáculos no caminho, por exemplo – coisas que alguém com cérebro eletrônico pode ter dificuldade de sacar. Nesse sentido os robôs, cada vez mais utilizados em funções como segurança e limpeza de locais com grande circulação, podem ser um verdadeiro entrave para a locomoção.

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    A fim de evitar que as máquinas virem alvo das canelas dos apressados, pesquisadores do MIT desenvolveram uma forma de ensiná-las regras humanas de etiqueta no trânsito. Além de prevenir por si só colisões, os robôs passaram a se orientar pelo ritmo dos pedestres que caminhavam ao seu redor.

    Abaixo, você pode ver em ação uma máquina que aprendeu se comportar dessa forma. O robô espera pacientemente uma cliente comprar seu café para seguir viagem – tudo para não trombar na coluna do lado ou atrapalhar a humana que estava de costas.

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    Para um robô se virar sozinho em um local cheio de gente, ele tem de enfrentar pelo menos quatro desafios: saber se localizar no espaço, ter consciência do que acontece em seus arredores, controlar seus movimentos e planejar a melhor rota até o destino final. Os três primeiro tópicos foram resolvidos com um complexo sistema de câmeras e sensores de distância, que davam uma visão privilegiada do ambiente. A cada décimo de segundo, as ferramentas atualizavam o robô sobre os arredores, garantindo que nada passaria despercebido.  

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    A parte mais complicada, porém, era a previsão de rotas. E não era nem pela incapacidade dos robôs, mas pela imprevisibilidade humana. Indecisos que somos, podemos trocar de ideia no meio do caminho quando der na telha – e mudanças bruscas de movimento não são algo que as maquininhas costumam esperar em seu caminho.

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    Para solucionar o problema, os cientistas focaram em ensinar às máquinas a se adaptar a esse tipo de comportamento subversivo. O treinamento envolvia inúmeras repetições de simulações, que mostravam para as máquinas que velocidade e trajetórias costumavam ser mais seguras para desviar de objetos. Além disso, eles aprenderam também algumas normas sociais, como preferir sempre o lado direito, andar a uma distância segura e com velocidade máxima de 1,2 m/s.

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    Quando testado fora do laboratório, o robô soube repetir os movimentos que lhe haviam sido ensinados. Isso permitiu uma volta de 20 minutos pelos corredores do Centro Stata, no MIT, sem uma colisão sequer. “Queríamos colocar [o robô] em um lugar no qual as pessoas fizessem coisas do dia a dia, como ir para a aula e comprar comida. Mostramos que a inteligência artificial soube lidar muito bem com todos os desafios”, explica Michael Everett, um dos autores do estudo. “Em um momento, havia um grupo que fazia uma visita – e a máquina conseguiu evitar perfeitamente todos eles”.

    Para ver mais cenas de sucesso do robô e o funcionamento detalhado da ideia, você pode assistir ao vídeo abaixo.

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