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Copa do Mundo :os robôs atacam

E defendem e correm atrás da bola. Conheça a outra Copa do Mundo que acontece este mês na Alemanha: aRobo Cup, a grande disputa entre os Robôs-boleiros.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h47 - Publicado em 31 Maio 2006, 22h00

Alessandro Rovêda

Robôs que dirigem um carro pelo deserto ou que mergulham no fundo do mar são legais, mas, convenhamos, o que o povo gosta mesmo é de futebol. É por isso que, desde 1997, equipes do mundo inteiro se reúnem todos os anos para disputar a 10a edição da RoboCup, uma Copa do Mundo em versão mecânica. A longo prazo, o projeto é mais ambicioso: estimular a robótica a ponto de criar máquinas capazes de derrotar, sem qualquer ajuda humana, o time vencedor da Copa do Mundo de 2050. Não vai ser fácil e, pelo modo como essas máquinas têm evoluído (veja ao lado), alguns consideram a proposta inviável. É que os desafios que o futebol apresenta para máquinas – identificação precisa de objetos e de sua velocidade, jogo de corpo, tomada de decisões e cooperação – ainda estão longe de ser resolvidos. Mas, se um dia forem, essas mesmas tecnologias poderão ter diversas outras utilidades: de cirurgias ultraprecisas a resgates em locais de difícil acesso. Por enquanto, os campeões da robótica batem uma pelada com o que têm à mão. Nesta edição da RoboCup, 350 equipes de 40 países vão se enfrentar em Bremen, na Alemanha, entre 14 e 20 de junho. As categorias vão desde softwares competindo em uma espécie de videogame (a única em que participará um time brasileiro, do Instituto Tecnológico de Aeronáutica, de São José dos Campos, São Paulo) até robôs humanóides disputando um gol-a-gol.

Atlético Andróide F.C.

A história dosjogadores robôs, das origens ao campeão de 2050

1. O pioneiro – 1969 – Shakey

O primeiro robô móvel controlado por inteligência artificial foi construído pelo Instituto de Pesquisa de Stanford, EUA. A máquina usava câmeras para localizar sozinha objetos e se dirigir até eles com movimentos meio desengonçados – o que lhe rendeu o nome de Shakey (“trêmulo”, em inglês). O computador responsável por sua autonomia tinha o tamanho de um quarto e pesava cerca de 1 tonelada.

2. Braços e pernas – 1973 – WABOT-1

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O primeiro robô com um formato e movimentos mais ou menos parecidos com os de um humano surgiu na Universidade Waseda, em Tóquio, Japão. Era quase capaz de andar – na verdade, apenas gingava de uma perna para outra alternadamente –, mas falava algumas palavras em japonês, reconhecia objetos e os segurava. Evoluiu rápido: a segunda edição até tocava piano.

3. Os bons de bola – 1997 – Cubos

Surge a RoboCup, em Nagoya, Japão, com apenas duas ligas. A primeira era para robôs virtuais, softwares que competiam em um simulador. A segunda era para robôs reais, em times de 5 máquinas que disputavam partidas de 5 minutos. Todos tinham formato de cubo e usavam rodinhas para se movimentar em campo. Os robôs em si eram meio burros: tinham apenas sensores e enviavam por rádio dados para um computador, onde ficava o programa de inteligência artificial que dizia a eles o que fazer.

4. Soltaram os cachorros – 1999 – Asimo e Aibo

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Na segunda edição da RoboCup, os robôs ganham design mais arrojado, surge a liga humanóide e o evento se transforma num espaço publicitário, a ponto de duas potências da robótica apresentarem ali suas principais inovações. A Honda lança o Asimo, um humanóide que pode trabalhar como recepcionista e servir cafezinhos. E a Sony, o cão Aibo, que se tornaria um dos mais populares robôs domésticos já feitos, capaz de interagir com o dono, aprender comandos e simular emoções. O que as empresas apresentarão este ano? Façam suas apostas.

5. O Ronaldinho da robótica – 2004 – Vision

Considerada a seleção brasileira da RoboCup, o Team Osaka, do Japão, vai para o mundial tentar o tricampeonato na categoria humanóide. O craque é o robô VisiOn, de 39 centímetros de altura e visão de 3600. “Ele tem movimentos muito precisos, o que exige um esforço incrível de programação”, diz Jackson Matsuura, coordenador da equipe brasileira. Além de reconhecer a bola, aproximar-se dela e chutar, ele também é capaz de fazer defesas, e, de quebra, ainda dá uma de gandula: busca a bola e guarda.

6. Campeões do mundo – 2050 – ???

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Não é fácil ganhar uma Copa do Mundo, especialmente se você ainda mal consegue correr direito. Alguns cientistas acreditam que, daqui a 44 anos, a capacidade de processamento dos computadores terá superado a do cérebro humano. Mas ainda será preciso aprimorar sensores táteis, visuais e auditivos, além de sistemas de equilíbrio, raciocínio e estratégia. Os robôs têm algumas vantagens: que outros jogadores além deles conversam telepaticamente por rádio e ignoram a pressão da torcida?

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