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Drones controlados por pensamento disputam corrida maluca

Headset transmite impulsos cerebrais para guiar os drones, mas o caminho até a linha de chegada ainda é meio desengonçado

Por Ana Carolina Leonardi
Atualizado em 31 out 2016, 19h02 - Publicado em 27 abr 2016, 17h15

Agora seus pensamentos podem voar, literalmente. A Universidade da Flórida organizou recentemente a primeira corrida de drones controlados pelo cérebro.

Um headset de eletroencefalograma ficava encaixado na cabeça dos 16 pilotos participantes, lendo os impulsos elétricos produzidos pelo cérebro de cada um deles. Um computador foi programado para interpretar esses padrões elétricos e repassá-los para os drones como instruções de vôo. 

Na prática, os pilotos, que eram estudantes da universidade, precisavam imaginar as ações que queriam que os drones repetissem. Para facilitar, um professor sugeriu que pensassem em empurrar uma cadeira para a frente. Enquanto pensavam nisso, o computador aprendia que aqueles impulsos elétricos indicavam um movimento para frente. A mesma coisa acontecia se eles imaginavam empurrar a cadeira para os lados. Depois, a máquina repassava os comandos para os drones, indicando quando seguir em frente e fazer curvas.

 

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A estreia dos drones guiados pela mente não foi nenhuma Formula 1: nada de máquinas voando em alta velocidade até a linha de chegada. E olha que a modalidade de corrida de drones (por controle remoto) tem se popularizado. Há campeonatos até em estádios de futebol americano, e os drones chegam a mais de 110 km/h. Mas, quando se trata de controle por pensamentos, é de se esperar que a disputa na Flórida tenha sido bastante atrapalhada.

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Os drones iam de pouco em pouco para a frente, às vezes desviando da rota ou ficando meio bambos. Por isso, cada equipe tinha um acompanhante que seguia o equipamento de perto, pronto para segurá-lo e evitar que se quebrasse em pedacinhos caso o piloto se distraísse “no volante”.

O objetivo da corrida era tornar o uso de tecnologias que “leem mentes” mais corriqueiras e confortáveis para os usuários. Celulares, skates e até carros já usam tecnologias parecidas para possibilitar o controle por pensamentos. É bom já aprender a tomar cuidado com o que você pensa – em breve alguém pode estar escutando.

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