O maior fenômeno que já ocorreu no Universo foi seu próprio nascimento. Há cerca de 14 bilhões de anos, tudo o que existe estava contido num único ponto, que de repente explodiu no chamado Big Bang. Pois um time de astrônomos do Instituto de Tecnologia da Califórnia achou uma detonação comparável à do Big Bang, só que um pouco mais recente, ocorrida há 12 bilhões de anos. O estouro lembra certos relâmpagos de energia, na forma de raios gama, que têm sido detectados em todos os cantos do céu, desde os anos 60, e nunca tiveram uma explicação razoável. Para complicar ainda mais, o “filhote de Big Bang” brilhou menos de 1 minuto, com uma intensidade maior que a de todo o resto do Universo. A 12 bilhões de anos-luz (1 ano-luz mede 9,5 trilhões de quilômetros), a Terra está segura. Ainda bem. Mas, se a coisa tivesse acontecido a apenas 3 000 anos-luz do planeta, pouco além de Mintaka, uma das estrelas das Três Marias, na Constelação de Órion, a radiação teria matado qualquer organismo até centenas de metros abaixo da superfície.
Do pequeno ao imenso
Para você perceber a violência da explosão cósmica.
O lateral esquerdo da Seleção Brasileira, Roberto Carlos, lança uma bola de 450 gramas a 120 quilômetros por hora.
A explosão de 1 tonelada de dinamite libera 16 milhões de vezes mais energia que o chute de Roberto Carlos.
A bomba atômica jogada sobre Hiroshima tinha potência equivalente a 13 000 toneladas de dinamite.
O Sol libera num só segundo energia igual à da explosão de 6 trilhões de bombas como a de Hiroshima.
Nossa galáxia, a Via Láctea, brilha, num segundo, com a força de 200 bilhões de sóis.
O “filhote de Big Bang” liberou em 1 segundo a energia de 10 milhões de galáxias. Ou seja, como o resto do Universo inteiro.