A operação é perigosíssima: disparar um raio laser sobre o principal combustível nuclear – o urânio – até a quecê-lo a 3 400°C. O tiro, porém, prepara o combustível e custa metade do preço dos processos tradicionais. O urânio é obtido na natureza como uma mistura de três tipos, chamados U- 234, U-235 e U-238. O U-235 corresponde a apenas 0,7% da mistura. Mas para ser utilizado nos reatores nucleares, ele precisa ser separado e depois remisturado, até alcançar a proporção de 3% a 4%. Só assim se pro-duz bastante energia. Normalmente, a preparação ou enriquecimento do urânio é feito por um processo físico-químico que tem 1 400 etapas. O laser liquida o assunto numa tacada só. Desenvolvida na França, a técnica do laser ainda está em testes e deverá ser aplicada, na prática, no próximo século.