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Indústria automobilística: Só falta falar!

Em 2020, você só precisará dizer aonde quer chegar com seu carro. Tudo será tão automático que o maior risco vai ser você morrer de tédio

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h46 - Publicado em 28 fev 2005, 22h00

Leandro Steiw

Tire os pés dos pedais e relaxe. No automóvel do futuro, você só vai precisar definir o destino, porque tudo será feito automaticamente. Não é filme de ficção científica nem sonho para os próximos 100 anos. Em 2010, a eletrônica vai controlar quatro em cada dez funções do seu carro. Parte dela já existe e equipa carros de luxo europeus, americanos e japoneses. O rastreamento por satélites, por exemplo, já livra muita gente dos congestionamentos, ajudando a encontrar o caminho mais rápido entre a casa e o trabalho. Imagine quando essa tecnologia estiver disponível em todas as cidades, em todos os veículos. Tudo será tão automático que corremos o risco de achar chato dirigir. O mais legal é que você poderá ter uma dessas maravilhas sobre quatro rodas bem antes do que sonha. O Conselho de Tecnologia da Noruega prevê que o carro inteligente será um produto comercial até 2020.

Pronto para embarcar na viagem até o futuro? Imagine-se em 2020. Você pede emprestado o carro do seu pai para sair com os amigos à noite. Quando passa o cartão eletrônico na porta, o computador de bordo reconhece o seu código e imediatamente posiciona bancos, espelhos e volante, regula a temperatura do ar-condicionado, sintoniza a emissora de rádio e ajusta os cintos de segurança e airbags. A um simples comando de voz, o veículo dá a partida. Você só precisa dizer aonde quer ir.

A festa estava divertida e você bebeu além da conta. Azar o seu. Um sensor interno detecta o nível de álcool e nem deixa o motor ligar. A solução é passar a direção para um amigo sóbrio. No dia seguinte, você acorda cansado por causa da farra e, enquanto guia para o trabalho, começa a piscar os olhos demais. A câmera apontada para o seu rosto percebe e dispara um alarme. Graças aos sensores dos pára-choques, o seu carro mantém uma distância segura do caminhão à frente e, mesmo quando o outro motorista freia repentinamente, você tem tempo de reduzir a velocidade e evitar a colisão.

ESTACIONE FÁCIL

Embora estejam perdendo espaço para metrôs e ônibus, os automóveis ainda circulam pelas cidades. Pudera. O sistema de navegação por satélite indica a rua na qual você precisa entrar para chegar ao escritório do novo cliente. O sinal no mapa eletrônico mostra um lugar disponível para estacionar, sem obrigá-lo a dar voltas em busca de uma vaga.

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A viagem foi tranqüila, apesar de alguns buracos nas ruas. Ainda bem que os pneus não furam e que sensores adaptam sua pressão às condições do piso. Em 2020, segundo as montadoras, até consertar o carro será mais fácil, limpo e rápido. Desde que fios e cabos foram substituídos por sensores eletrônicos, as oficinas conseguem diagnosticar e consertar os defeitos com um palm top conectado ao computador de bordo. Mal dá tempo de tomar um cafezinho.

Em 2020, a eletrônica embarcada não é mais diferencial entre carros de luxo ou populares. Agora, você cobiça um daqueles automóveis elétricos, com energia gerada por células de hidrogênio. Mas os modelos disponíveis são poucos e caros e ainda é difícil encontrar um posto de abastecimento. As previsões mais otimistas, como as do Departamento de Energia dos Estados Unidos, indicam que os veículos movidos a eletricidade serão comuns em 2040. Mesmo com as políticas mundiais de redução de emissão de gases, os combustíveis fósseis, como gasolina e diesel, ainda reinam nas ruas. Pelo menos, os motores atuais são mais econômicos, capazes de rodar 30 quilômetros com apenas um litro.

Até os próximos 20 anos, a tecnologia da eletricidade deve ficar mais barata e será a primeira opção dos motoristas, porque, em vez de eliminar gás carbônico, a célula de hidrogênio libera vapor d’água na atmosfera. O físico austríaco Fritjof Capra, autor de As Conexões Ocultas – Ciência para uma Vida Sustentável (Pensamento-Cultrix, 2002), acredita que esses novos motores ficarão tão potentes que os shopping centers pagarão uma boa grana para utilizar a energia elétrica gerada pelos carros estacionados, enquanto os donos fazem as compras ou almoçam na praça de alimentação.

Tendências

• ELETRÔNICA

Em 2010, a eletrônica deve controlar quatro em cada dez funções do seu carro. Alguns modelos de luxo atuais já rodam com parte dessa tecnologia do futuro.

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• ESCALA COMERCIAL

O carro inteligente, no qual quase tudo é controlado automaticamente, deverá ser um produto em escala comercial até 2020.

• COMBUSTÍVEL

Veículos movidos a eletricidade deverão tornar-se comuns só depois de 2040. Em compensação, até lá os motores a diesel e a gasolina serão bem mais econômicos do que os disponíveis atualmente.

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