Em cinco anos de existência do programa NEAT (abreviatura para Rastreamento de Asteróides Próximos da Terra, em inglês), seus investigadores checaram apenas 10% do céu nas redondezas da Terra. Mas já acharam 5 000 asteróides de todos os tamanhos no nosso quintal cósmico. Num encontro da Sociedade Americana de Astronomia, realizada em Boston recentemente, Eleanor Helin, do Laboratório de Propulsão a Jato, da Nasa, anunciou a descoberta de mais sete bólidos com diâmetro acima de 1 quilômetro. Com isso, sobe para 99 a conta de asteróides desse calibre cujas órbitas passam a apenas 8 milhões de quilômetros da Terra. Helin tranqüiliza os terráqueos: nenhum deles oferece risco imediato. As estatísticas indicam que as chances de um objeto desse tamanho despencar por aqui continua sendo de um a cada 300 000 anos. O problema são os corpos menores, de até 50 metros, que circulam entre a Terra e o Sol. Pelo menos um deles, empurrado por Vênus ou Mercúrio, pode aterrissar aqui nos próximos 100 anos.