Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Novo recurso do Google Earth permite que usuários “voltem no tempo”

As imagens mostram as mudanças que ocorreram ao redor do globo nos últimos 37 anos – uma tentativa de conscientizar o público sobre problemas ambientais.

Por Carolina Fioratti
15 abr 2021, 17h58

O Google Earth – programa que dá acesso a imagens de satélite da Terra – passou por uma nova atualização nesta quinta-feira (15). Agora, usuários que acessarem a plataforma poderão ter uma visão do passado, além de uma linha do tempo de como as regiões do planeta mudaram ao longo dos últimos 37 anos.

A ferramenta utiliza o recurso de time lapse, percorrendo imagens de satélite obtidas entre 1984 e 2020. Foram mais de 24 milhões de fotos para criar a nova atualização, que pode ser acessada clicando aqui.

Quem se interessar em navegar pela plataforma terá acesso a alguns pacotes prontos de exploração, que passam por diversos locais ao redor do mundo e explicam a história das alterações paisagísticas. Um desses passeios, por exemplo, aborda as mudanças nas florestas, como o desmatamento da floresta Amazônica para dar espaço às plantações de soja. São feitas ainda comparações visuais entre áreas protegidas por reservas indígenas e espaços abertos que acabam sendo degradados pela ação humana.

Além dos passeios pré-estabelecidos, é possível também observar as mudanças em qualquer lugar do mundo: basta digitar o destino desejado na barra de pesquisa. Dessa forma, você pode acompanhar desde o derretimento de geleiras na Antártida até a expansão de aeroportos no Japão, por exemplo. 

Continua após a publicidade
Imagem mostrando a diferença visual de uma geleira nos anos 1984 e 2020.
Derretimento de geleiras na Terra de Mylius-Erichsen, localizada ao nordeste da Groenlândia. (Google Earth/Reprodução)

O trabalho de captação das imagens não foi feito apenas pelo Google. As fotos foram cedidas pelo Landsat, projeto conjunto entre a Nasa e o Serviço Geológico dos Estados Unidos e também pelo programa Terra Copernicus, coordenado pela União Europeia e pela Agência Espacial Europeia. As equipes juntaram uma série de vídeos individuais para, no final, construir um enorme vídeo com todas as mudanças enfrentadas pelo planeta Terra. O CREATE Lab, da Universidade Carnegie Mellon, na Pensilvânia, colaborou com o time contextualizando as mudanças globais.

O objetivo da nova atualização é claro: conscientizar o público sobre como as ações humanas estão contribuindo para as mudanças climáticas e outras questões ambientais. Análises indicam que a floresta Amazônica, por exemplo, está próxima de se tornar uma savana estéril, o que acontece quando cerca de 20% a 25% de uma área é desmatada – o valor atual da Amazônia está em 17%.

Imagem mostrando a diferença visual de um trecho da floresta amazônica nos anos 1984 e 2020.
Crescimento do cultivo de soja nos arredores de San Julián, na Bolívia. (Google Earth/Reprodução)

O Google planeja continuar alimentando a plataforma anualmente. Contudo, há uma grande questão envolvida. As imagens ocupam 20 milhões de gigabytes de espaço de armazenamento, além de o vídeo total equivaler a mais de meio milhão de vídeos de ultra-alta definição 4K. Só para processar os dados, computadores de um data center da empresa tiveram que trabalhar por mais de duas milhões de horas. Tanto o equipamento quanto o ar condicionado necessários nesses ambientes consomem muita energia – o que impacta o meio ambiente de forma significativa. 

Em 2019, o Google se comprometeu a neutralizar as suas emissões de carbono até 2022, aumentando, por exemplo, o uso de plástico reciclado em seus produtos. Inclusive, a empresa explicou que os seus data centers já cumprem essa promessa, sendo todos neutros em carbono. Mas há um porém: a redução não parte diretamente do Google. Como foi explicado pela BBC, a neutralização de carbono é feita pela prática de compensação, o que significa que a empresa apenas financia projetos ambientais para “equilibrar” seu uso de energia. 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.