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O Chapéu Seletor de Harry Potter existe na vida real

Criado por um técnico da IBM, ele já escolheu as casas de Donald Trump, Hillary Clinton e Stephen Hawking

Por Helô D'Angelo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 4 nov 2016, 19h14 - Publicado em 15 jun 2016, 15h00

chapeu seletor

Você pode até ter feito um teste no Pottermore, o maior portal sobre Harry Potter, para saber qual a sua casa de Hogwarts. Mas, se você é um verdadeiro fã da saga, com certeza adoraria conversar com o chapéu seletor de verdade – só para tirar a dúvida. Pois saiba que isso já é possível: um cara chamado Ryan Anderson, um arquiteto de soluções da IBM, criou um Chapéu Seletor que fala com você e, a partir do que você diz, te coloca na Grifinória, na Sonserina, na Corvinal ou na Lufa-lufa.

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Tudo começou como um projeto fofo. Ryan queria surpreender as filhas, Julia, de 6 anos, e Lucy, de 8 anos, que são loucas pelos livros da série, e acabou criando um Chapéu Seletor que funciona igualzinho aos livros e filmes – você coloca a coisa na cabeça, diz algumas palavras sobre você e ele seleciona sua casa entre as quatro de Hogwarts. Poderia ser mágica, mas (infelizmente) é programação: o chapéu, na verdade, é um computador, e escolhe as casas de cada pessoa através de um programa chamado Classificador de Linguagem Natural da Watson, criado pela própria IBM. 

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O programa interpreta discursos para compreender significados não literais das palavras. É uma forma de melhorar a relação das inteligências artificiais que existem com as pessoas, já que, geralmente, uma máquina não consegue ir além do significado mais simples de uma frase. No Classificador de Linguagem Natural, cada palavra é associada a uma rede de outros termos e frases, com o objetivo de fazer o computador entender metáforas, comparações, expressões idiomáticas e por aí vai. Em outras palavras: inteligência artificial.

Na prática, Ryan só precisou associar várias palavras-chave com suas respectivas casas. Por exemplo: ele pegou a palavra “honestidade” e outros termos semelhantes e determinou que, se a pessoa falasse algum deles, sua casa seria a Lufa-lufa. Como Ryan não é expert em Harry Potter, foram suas filhas que estabeleceram os 150 termos que definem cada casa. Se alguma coisa estiver errada, Ryan – ou mesmo as filhotas – podem corrigir. Com uma programação tão minuciosa feita por verdadeiras especialistas na saga, o chapéu aprendeu direitinho a diferenciar entre um corajoso da Grifinória, um inteligente da Corvinal, um leal da Lufa-lufa e um ambicioso da Sonserina.

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O Seletor robótico funciona mesmo, e já foi testado até em pessoas famosas, através da leitura de suas páginas na Wikipedia: Donald Trump foi parar na Grifinória (sim, sério), enquanto Hillary Clinton e Stephen Hawking na Corvinal. 

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O problema é que o Chapéu Seletor ainda é meio feioso; tem cara de robô. Por isso, Ryan fez alguns ajustes para torná-lo mais fofo: quando a pessoa é selecionada para a Sonserina, ele faz uma careta, e quando vai para a Grifinória, os olhos ficam verdes. O próximo objetivo de Ryan é melhorá-lo ainda mais – a ideia é que ele fique perfeito para o próximo Halloween, em outubro, para que suas filhas tenham as melhores fantasias do bairro. Bom, com um acessório desses, elas só seriam superadas por uma capa da invisibilidade (fica aí a ideia para o próximo Halloween, Ryan).

Veja o Chapéu Seletor escolhendo uma casa para Stephen Hawking:

 

 

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