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O que acontece com a Nasa?

A Nasa está sendo pressionada a provar se vale a pena gastar 14,5 bilhões de dólares ¿ orçamento aprovado para 2002 pelo Congresso ¿ com os programas espaciais que desenvolve.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
28 fev 2002, 22h00 • Atualizado em 31 out 2016, 18h31
  • Lucia Martins

    Nos anos 60, a Nasa parecia ser capaz de tudo: pôs homens na Lua, passeou pelo universo, fez o mundo sonhar com a colonização de todo o Sistema Solar. Pois hoje, aos 44 anos de existência, a agência espacial americana vive uma das piores crises da sua história. A Nasa está sendo pressionada a provar se vale a pena gastar 14,5 bilhões de dólares – orçamento aprovado para 2002 pelo Congresso – com os programas espaciais que desenvolve. É um problema financeiro, mas é também uma crise de credibilidade. Fracassos como a explosão do ônibus espacial Challenger, em 1986, e, mais recentemente, o desaparecimento de sondas enviadas a Marte, estão virando a opinião pública contra aquela que já foi a agência governamental preferida de todo americano.

    Quem terá que lidar com os problemas será Sean Keefe, o recém-nomeado chefe da agência. Não por acaso, Keefe é um homem acostumado com cifras – era chefe adjunto do Escritório de Gerência e Orçamento do governo americano. Ele já chega com um abacaxi para descascar. Se seu orçamento for mesmo cortado, terá que rever um dos projetos mais caros à Nasa – e um dos poucos que envolvem naves tripuladas –, a Estação Espacial Internacional, mais conhecida pela sigla em inglês ISS. A ISS conta com a colaboração de vários países, inclusive o Brasil, mas depende muito dos investimentos americanos. Diante da crise, está se cogitando reduzir a sua tripulação de sete para três pessoas. Os defensores do projeto argumentam que, com apenas três astronautas, a ISS perderá a capacidade de fazer pesquisa científica adequada, que era o propósito inicial da sua construção.

    Keefe terá, então, a difícil tarefa de convencer os contribuintes e os vários parceiros que financiam a estação de que vale a pena levar o projeto adiante. Ele certamente já tem um bom argumento: o medo de que os cientistas russos que trabalham na ISS, se perderem o emprego, comecem a ganhar dinheiro vendendo seu conhecimento técnico para terroristas. Chega a ser irônico. Nos anos 60, quando a Nasa parecia capaz de tudo, era justamente o medo dos russos que a impulsionava – naquele tempo, a União Soviética era uma grande potência e ganhar a corrida espacial era prioridade para a propaganda americana. Como bem sabem os astronautas, o mundo dá voltas.

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