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O que dá para comprar na Deep Web?

Drogas. Passaportes falsificados. Matadores de aluguel. Tem muita coisa errada por lá - e as chances de cair num golpe são imensas.

Por Da redação
Atualizado em 27 mar 2023, 17h31 - Publicado em 13 mar 2018, 13h35

Criada para ser um universo libertário, a Deep Web não demorou para se tornar um instrumento para finalidades bem menos nobres do que pregavam seus inventores. E o mercado anônimo criado nas zonas profundas da rede é a principal prova disso. Muito antes da existência do Silk Road, o site The Farmer´s Market já havia prosperado ao oferecer substâncias ilícitas variadas – como maconha, LSD e cetaminas. A página oculta teria faturado US$ 1 milhão entre 2007 e 2011, segundo estimativas da Drugs Enforcement Administration (DEA), agência federal encarregada de combater o tráfico nos EUA. O site chegou a uma clientela de 3 mil usuários, oriundos de 50 Estados americanos e de outros 34 países, até ser derrubado pela DEA em abril de 2012.

De fato, as redes ocultas são o canal ideal para contravenções comerciais. É possível comprar quase tudo de ilícito por lá: de cartões de crédito clonados a remédios abortivos, passando por diplomas falsos, serviços de hackers e matadores de aluguel e até espíritos – despachados em contêineres da Tailândia com frete grátis. As drogas, porém, ainda são o artigo mais fácil de encontrar. Alguns dos sites exigem um cadastro do usuário logo na entrada, mas muitos deles são abertos. O Brain Magic Psychedelics, especializado em ácidos e LSD, é apenas um deles.

Há ainda mercados que vendem de tudo um pouco. É o caso do Midlan City, onde o usuário encontra desde contas hackeadas do PayPal até morfina e haxixe do Nepal. Já o UnderMarket segue um conceito semelhante ao de portais como o eBay, no qual diversos vendedores oferecem seus produtos e recebem cotações dos compradores de acordo com a qualidade do serviço.

O fornecedor DrawmeFast, por exemplo, promete entregar falsificações perfeitas de passaportes, diplomas ou carteiras de motorista de qualquer país em 48 horas. O UnderMarket ainda disponibiliza um iPhone Place, com modelos de smartphones originais comprados com cartões de crédito falsos. No Tochka, um misto de site de vendas e rede social, existem anúncios de armamentos pesados, trabalhos de magia vodu, chifres de mamute siberiano e dinheiro falso.

A entrega é feita pelos correios, e muitos vendedores garantem remeter os produtos para todos os continentes.

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Assassinos embusteiros
Os assassinos de aluguel também estão entre as lendas imputadas à DeepWeb. As páginas dos supostos matadores existem mesmo por lá (com tabela de preços e procedimentos-padrão), mas não há como comprovar a participação de criminosos desse calibre por trás disso. Alguns deles criam até campanhas de marketing na internet comum, com pretensos sites que ensinam como acessar as páginas das redes fechadas – e mais parecem guias para fisgar interessados em fazer negócio com os mercenários. O mesmo vale para sites com leilões de escravos humanos. As páginas disponibilizam imagens das pessoas supostamente comercializadas. Porém, quem quiser dar um lance precisa pagar antes de entrar na disputa. O tráfico de pessoas é uma realidade e a internet tem sido usada para esse fim, mas tudo indica que situações assim representam apenas mais um dos muitos golpes escondidos nas sombras da web.

Boca sem dono
Os mercados submersos na Deep Web movimentam cerca de US$ 100 milhões por ano com o comércio de drogas e produtos ilícitos, de acordo com um levantamento feito por pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon, de Pittsburgh, nos EUA, em 2015. Já o estudo Global Drug Survey 2016 apontou que a compra de drogas pela web aumentou 6,7% em 2015. Maconha, LSD e Ecstasy são os entorpecentes mais vendidos online. Elaborado pela GDS, uma empresa de pesquisa sediada em Londres, o estudo foi realizado com mais de 100 mil pessoas de 50 países. Cerca de 5% dos entrevistados jamais tinham consumido drogas antes de conhecer esses mercados virtuais.

Docinhos anônimos
Nem só de excentricidades e contravenções vive o mercado da rede profunda. Você também pode comprar docinhos assados por lá. E não se trata de uma gíria para camuflar algum novo alucinógeno: são doces mesmo, como os de padaria. O coletivo de garotas Cybertwee criou uma página na rede Onion para comercializar bolachinhas de polvilho confeitadas. A ideologia do Cybertwee é combinar feminilidade, doçura, bem-estar e tecnologia. Com o projeto dos biscoitos, as meninas querem conscientizar as pessoas quanto à existência das áreas profundas da rede, além de ensinar o funcionamento dos bitcoins sem atrelar a imagem da criptomoeda a intenções maléficas. Fofo, não? O grupo norte-americano chegou a abrir um crowdfunding para arrecadar o dinheiro dos ingredientes. O melhor de tudo é que você pode sair da dieta em total anonimato

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