Em 1992, a empresa japonesa Seiko, do grupo Epson, apresentou a principal invenção do seu departamento de microtecnologia: o Monsieur microbot. Com menos de 1 centímetro de altura, largura e comprimento e pesando apenas 1,5 grama, o bichinho foi reconhecido como o menor robô do mundo.
Esse autômato é tão pequeno que caminha um centímetro por segundo, ou seja, em 1 hora ele andaria no máximo 36 metros. Isso se a bateria deixasse, pois ela mantém o robozinho vivo por cinco minutos, quando precisa ser recarregada para voltar a funcionar. O Monsieur microbot foi construído com 97 peças de relógio, o equivalente a dois relógios comuns. Ele é sensível à luz, movendo-se contra uma fonte luminosa apontada na sua direção.
Sozinha, a invenção não parece ter muita utilidade, a não ser impressionar as pessoas pelo seu minúsculo tamanho. Mas a tecnologia desenvolvida pelos engenheiros japoneses deu origem a outros produtos baseados nesse microbot. Na linha de robôs, nasceram Nino, Ricordo e Rubie, minúsculos como o Monsieur. Em abril de 2003, foi a vez do Monsieur II-P, movido por controle remoto. E em novembro do mesmo ano, a empresa lançou o menor robô voador do mundo, o FR, que transmite sinais e imagens de locais aonde o homem não pode chegar. O FR (de flying robot, ou robô voador) tem 7 centímetros de altura e pesa 8,9 gramas.
Revolucionário até mesmo nos primeiros anos do século 21, o Monsieur microbot impressionou tanto há 12 anos que conquistou o prêmio de design num concurso para micromecanismos. A engenhoca foi vendida entre 1993 e 2003, quando perdeu lugar no mercado para as versões mais atuais.