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Quatro vezes em que Pokémon Go mudou a vida de pessoas

Os haters que nos perdoem: o jogo não só é divertido como também já ajudou muita gente por aí

Por Helô D'Angelo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 mar 2024, 11h22 - Publicado em 9 ago 2016, 20h00

 

Algumas pessoas podem se dizer “maduras demais” para caçar pokémons. Mas para muitas outras, o jogo tem sido mais do que preencher a Pokédex: de várias partes do mundo, não faltam relatos de como Pokémon Go dá um empurrãozinho para quem tem ansiedade e agorafobia, ou de como vítimas da depressão conseguiram sair de casa pela primeira vez em meses – ou até sobre como quem não conseguia fazer exercícios físicos de repente ganhou o incentivo que faltava.

Aqui vão cinco casos de ~good vibes~ trazidas pelo aplicativo:

1. Ajudou um adolescente autista a interagir

pokemon ansiedade

Adam Barkworth é um menino de 17 anos de Stockport, uma cidade na Inglaterra. Autista, ele tinha sérias dificuldades de estar em público: assim que punha os pés fora de casa, ele costumava ter ataques de ansiedade; vivia enfiado no quarto e não conseguia conversar com ninguém – nem com os próprios irmãos mais novos. Mas isso mudou quando a mãe de Adam, Jan, baixou Pokémon Go para o garoto. Como num passe de mágica, Adam conseguiu passear por três horas, enquanto caçava pokémons; passou o dia fazendo piadas sobre os monstrinhos e até conversou com uma moça que conheceu no parque, que também jogava.

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2. Salvou a vida de um homem caído na estrada

Gif Pokémon Estrada

Dificilmente um cidadão de 50 anos pensou que ia ter sua vida salva por monstrinhos japoneses. Mas foi exatamente o que aconteceu com um britânico da cidade de Newark, na Inglaterra.

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Três jovens estavam caçando pokémons em ua estrada, depois das 23h30 da noite. No escuro, um deles viu um par de pernas. Eles foram averiguar e encontraram um homem desmaiado. O grupo ligou para a emergência e chamou a atenção de outros pedestres, que ajudaram com os primeiros-socorros. O homem retomou a consciência depois de uma massagem cardíaca e os treinadores de pokémons só foram embora 40 minutos depois, quando a ambulância chegou. Segundo os paramédicos, a vítima parecia ter sofrido uma crise epilética. Os meninos deram entrevista ao jornal The Sun e a mãe de um deles aproveitou para alfinetar os corneteiros do jogo: “muita gente é criticada por sair para jogar Pokémon, mas e se eles não tivessem saído para caçar e encontrado o homem? Ele poderia não estar mais aqui”.

3. Tira crianças doentes da cama em hospitais infantis

pokemon go hospital

Hospitais não são o lugar mais divertido do mundo – e para crianças, longas estadias em uma unidade de saúde podem ser profundamente deprimentes. Mas os pacientes mirins doo hospital infantil C.S. Mott, no estado de Michigan, nos EUA, viram o ambiente mudar depois do lançamento de Pokemón Go. O hospital tem uma série de pokestops e as crianças andam pelos corredores para se abastecer de pokebolas e encontrar os monstrinhos. Por causa disso, têm saido mais da cama e conversado com mais frequência umas com as outras.

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Além disso, uma tendência surgiu nas redes sociais para que jogadores com Lures sobrando (itens pagos que atraem pokémons para determinado pokestop) soltem o item perto de hospitais infantis para que os pacientes possam jogar sem sair na rua. O único problema é que a a ideia do Lures pode também surtir um efeito contrário. Crianças não autorizadas a sair do quarto por motivo de saúde podem se sentir frustradas. 

De qualquer forma, a experiência em Michigan tem tido efeitos mais positivos que negativos. Para tentar deixar as coisas mais organizadas e proteger a privacidade dos pacientes, a administração do hospital identifica com placas as áreas importantes para o jogo: “Esse é um Pokestop. Tire fotos [com os pokémons], mas não fotografe ninguém que não seja da sua família”.

4. Pode ajudar a combater a depressão

pokemon go depressao

Vários treinadores têm comentado no Twitter sobre as melhoras nos sintomas de depressão desde que começaram a jogar. Para o psicólogo e fundador do site PsychCentral, John Grohol, esse efeito está de acordo com os resultados de estudos científicos sobre a doença. Alguns experimentos mostram que fazer exercícios físicos é uma das melhores estratégias para combater a ansiedade – mas, para quem não está se sentido bem, o mais difícil é conseguir que elas se sintam motivadas a sair de casa. Pokemón Go acaba sendo um 2-em-1, promovendo a motivação necessária e já acoplando o exercício. Entre autistas, ansiosos e deprimidos, o jogo se transformou em terapia alternativa para promover a saúde mental.

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