Recuperando a energia solar
Engenheiros da Universidade de Chicago constroem coletor de energia solar.
A energia solar que alcança a Terra chega enfraquecida ainda bem, porque do contrário os seres viços não a tolerariam. Mas o uso dessa energia seria muito mais amplo se houvesse um meio de recuperar a intensidade original dos raios de Sol. Sonhando com isso, engenheiros da Universidade de Chicago construíram um coletor que concentra a luz solar captada pelas lentes de um cone de prata cheio de líquido refratário, que por sua vez deixa passar a luz sem absorver seu calor. O óleo de silicone, por exemplo, é um líquido refratário.
O segredo está na forma do cone, pelo qual passam raios de luz de uma ponta a outra com apenas uma reflexão, concentrando assim o máximo de energia. A diferença em relação ao processo convencional é que, em vez de dirigir todos os raios a um único ponto, por meio de múltiplos reflexos, o novo método os intensifica antes de dispersá-los. O sistema usual, explica o engenheiro José Roberto Moreira, da Universidade de São Paulo, aumenta a magnitude da luz solar captada em até 10 mil vezes. Os americanos dizem ter alcançado um aumento de 56 mil vezes, tornando o equipamento útil desde já para destruir materiais tóxicos.