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Aids: a 1% da cura

Com novas drogas, já dá para matar 98,9% dos vírus HIV no corpo humano. Mas sobra, exatamente, 1,1% em esconderijos. Agora, falta descobrir os refúgios e acabar com a minoria resistente.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h45 - Publicado em 30 set 1996, 22h00

Lúcia Helena de Oliveira, de Vancouver

Procura-se o vírus da Aids vivo ou morto. “De preferência morto”, completa o virologista chinês naturalizado americano David Ho, com os olhos apertados pelas bochechas, vendo graça na própria brincadeira. A verdade é que ele ri quase o tempo todo. E não é à toa. Às vésperas de completar 44 anos, o diretor do Centro de Pesquisas sobre Aids Aaron Diamond, em Nova York, é o mais festejado pesquisador do HIV, o vírus que já dizimou 4 milhões de pessoas em todo o planeta e hoje se hospeda no organismo de outros 22 milhões. Claro: Ho foi a estrela da XI Conferência Internacional sobre a Aids, que lotou Vancouver, no Canadá, com mais de 15 000 investigadores científicos em julho passado.

Ali, ele e sua equipe mostraram os resultados animadores de uma nova família de drogas que inibem uma enzima viral chamada protease. De outubro de 1995 a fevereiro deste ano, 21 pacientes foram medicados. Deles, um desistiu e outros dois reagiram mal ao remédio. Mas dezoito passam bem. “Eles eliminaram 98,9% dos vírus”, explica Ho, que chegou a esse valor graças a complicadas equações. E onde estaria o 1,1% restante? “Boa pergunta”, sorri de novo, mas desta vez um riso amarelo.

Onde está o HIV?

A busca dos esconderijos começa este mês, nos primeiros voluntários que já completaram um ano tomando inibidores da protease junto com AZT e outra droga parente do AZT. “Vamos retirar amostras dos tecidos suspeitos para rastrear a presença de genes do vírus”, conta o agitado médico americano Martin Markowitz, braço direito de David Ho no laboratório nova-iorquino. Se o HIV ainda existir, os pesquisadores vão ter de buscar alternativas diferentes conforme o canto do corpo onde ele for encontrado (veja os locais mais suspeitos abaixo). “É cedo para alguém falar em cura”, diz seco, calando aqueles que, eufóricos, ousaram pronunciar essa palavra. Não foram poucos.

O coro de vozes esperançosas tem em parte razão. Markowitz tem razão também. Se ele, Ho e sua turma vão encontrar o HIV vivo ou morto, isso vai depender muito de em quem irão procurar. Explica-se. Quando seus famosos 18 pacientes começaram a receber o coquetel de vinte comprimidos diários, mal tinham completado três meses de infecção. “Na prática, quase ninguém descobre que carrega o vírus em um prazo tão curto”, observa o infectologista brasileiro Jamal Suleiman, responsável pelas experiências pioneiras com inibidores de protease no país, realizadas no Hospital Emílio Ribas, em São Paulo. Sim, podemos afirmar que os dezoito pacientes de Ho estão a 1,1% da cura. E mais: por terem sido medicados em um zás-trás, há uma chance de seu organismo derrotar a minoria que driblou o ataque dos comprimidos.

No entanto, existem outros pacientes que, há quase dois anos, quando os inibidores estavam em fase experimental, passaram a receber o trio de medicamentos. Eles estavam em estado grave. Com o novo tratamento, viram a quantidade de vírus em seu corpo despencar enquanto as doenças oportunistas sumiam. Essa gente também está, sob certo aspecto, a 1,1% da cura. Mas, para eles, nada garante que o 1,1% será vencido.

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O fugitivo aguarda quieto

“A minoria sobrevivente dos vírus deve estar onde a droga não entra”, diz Ho, com seu inglês sem sotaque, que sai aos solavancos como se falasse chinês. Entre as frases apressadas, pausas quase eternas. Finalmente dispara o “x” da questão: “Mas, também, se as drogas não lhes provocassem nenhum efeito, já teriam crescido outra vez.” Então ele ri, nervoso: “Ora, que diabos está acontecendo?”.

Isso ele e seus colegas só poderão responder quando encontrarem o HIV. E quando o acharem farão uma proposta ao paciente: interromper a medicação para que eles examinem, de olho nas células onde o HIV se refugiou, no que tudo vai dar.

O doente poderá optar por conti-nuar com os comprimidos, claro. Mas não será uma escolha menos arriscada. Hoje se sabe que os inibidores provocam náuseas, danos nos rins e no fígado. O amanhã é um ponto de interrogação. A longo prazo, engolidos dia após dia, esses remédios podem causar males fatais como o câncer. “É uma hipótese”, admite o infectologista André Vilela Lomar, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. “Antes, uma boa droga contra a Aids era aquela que prolongava a vida por alguns meses. Se ela era muito tóxica, seus efeitos nocivos não tinham tempo para aparecer. Agora, a gente se preocupa com eles, porque a doença está cada vez mais controlável.”

O custo do tratamento é outra fonte de preocupação. Em todo o mundo, a Aids está longe de ser controlada para 94% dos portadores, gente pobre e sem recursos. “Se as novas drogas curam, com certeza não vão curar todos”, lamenta Peter Piot, diretor do Unaids, o Programa contra a Aids das Nações Unidas. O tratamento com inibidores da protease custa em média 1 000 dólares por mês.

Dez bilhões de filhotes por dia

Apesar da fama recente, a maior contribuição de David Ho para a ciência foi dada no ano passado em um trabalho com o virologista Georg Shaw, da Universidade do Alabama. Até então a idéia era de que HIV ficava adormecido nos nódulos linfáticos durante a fase assintomática da Aids, que geralmente dura de três a dez anos. No entanto, Ho e Shaw provaram que o vírus nunca está dormindo. “O portador saudável produz cerca de 10 bilhões de HIV por dia”, diz Ho.

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Dessa capacidade reprodutiva do HIV ninguém mais duvida. Mas existem duas boas explicações para o período em que o portador esbanja saúde. A corrente liderada por Ho busca apoio na teoria da evolução das espécies e sua seleção dos mais robustos. Desse modo, 10 bilhões de vírus nascem, mas outros 10 bilhões são aniquilados pelo sistema de defesa dia-riamente. E, nesse ritmo desenfreado de troca, de vez em quando o HIV faz cópias erradas de seus genes. As cópias alteradas podem torná-lo mais resistente ao ataque do sistema de defesa ou dos rémedios. Como beneficiam o bandido, elas seguem adiante, em mais e mais filhotes. Até que um dia, os descendentes fortalecidos se tornam maioria absoluta. É quando controlam o organismo.

Para o imunologista Anthony Fauci, do Instituto Nacional de Saúde, nos Estados Unidos, o sistema imunológico é mais culpado pelos sintomas da doença do que o HIV diretamente. “O que o vírus faz é desequilibrar as células defensoras. É o caos”, diz ele. “Algumas delas se suicidam. Outras, em vez de barrar o vírus da Aids, estimulam seu avanço.” Para Fauci, sem acertar os parafusos do sistema imunológico, não existe recuperação. Nem mesmo se o HIV permanecer estacionado em níveis indetectáveis.

As defesas bem aplicadas

Anthony Fauci investiga por que a presença do HIV destrambelha de vez o sistema imunológico. E desconfia que isso acontece por causa de um erro de comunicação entre as células de defesa. Elas conversam entre si trocando moléculas conhecidas por citoquinas – e o problema está justamente nas citoquinas. Fauci está demonstrando que algumas delas transmitem sinais de alerta contra o HIV, mas outras podem enviar ordens que favorecem o inimigo. “Resta saber como cortar os maus conselhos e aumentar o volume dos bons.”

As futricas celulares aumentam em certas situações. Outras doenças – como a tuberculose e os problemas crônicos de saúde – podem levar o sistema imunológico a produzir as citoquinas dos maus conselhos. “Essas substâncias não são sempre más. É que, no caso dos portadores, elas são inoportunas”, esclarece Fauci. Entre as mocinhas que viram vilãs, estão aquelas que provocam a necrose de tumores (conhecidas pela sigla em inglês TNF). Elas são bem-vindas quando agem como uma sirene, recrutando células defensoras para destruir um câncer recém-nascido. “Mas, se o indivíduo é soropositivo”, anuncia o imunologista, “elas também estimulam o crescimento do HIV”.

Por sua vez, outras citoquinas como as interleucinas 4 e 10 dão bons conselhos, instigando as defesas a barrarem o avanço da Aids. “Em tubos de ensaio, misturamos as interleucinas 4 e 10 com amostras de sangue de gente saudável”, conta Fauci. “Então, despejamos doses cavalares do HIV. Era de se esperar que as células sucumbissem em poucos minutos mas, com a ajuda das interleucinas, elas resistiram por 48 horas.” Experiências desse tipo estimulam as chamadas terapias biológicas, baseadas em substâncias produzidas pelo próprio organismo. “Essas substâncias podem atingir pontos que as drogas anti-HIV não alcançam”, diz outro bamba no assunto, o médico Jay Levy, da Universidade da Califórnia.

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Chave errada, fechadura certa

Uma alternativa para o futuro será combinar os potentes anti-virais com substâncias biológicas. Eles retiram as cópias do HIV soltas no sangue. E elas brigam contra aqueles vírus escondidos dentro de outras células. Mas Anthony Fauci alerta: “Antes precisamos ver se os remédios que matam o HIV não aumentam aquelas citoquinas que não nos interessam.”

“Outra coisa que precisamos ver é se o sistema imunológico sai numa boa de uma infecção dessas”, comentou Robert Gallo, em longa conversa com a SUPER. Diretor do Centro de Virologia Humana, em Maryland, Estados Unidos, ele está mais interessado em reforçar a proteção das células imunológicas do que em dizimar o HIV. Recentemente, voltou a fazer um sucesso comparável àquele de 1984, quando isolou o vírus da Aids. Anunciou a descoberta da ação das moléculas secretadas pelas células CD-8 do sistema imunológico. São as quemoquinas. Gallo provou que elas se encaixam perfeitamente nos receptores usados pelo HIV para entrar nas células CD-4, as comandantes das defesas que são invadidas e arrasadas pelo vírus. “Com as quemoquinas enfiadas nessas fechaduras, o vírus fica do lado de fora das células”, diz ele.

As quemoquinas capazes de barrar o HIV não são tóxicas como as drogas. E ainda aumentam as chances de uma vacina. “É um caminho mais fácil do que tentar matar o vírus, já que ele é mutante e algo que o destrói hoje pode deixá-lo passar ileso amanhã.” No entanto, todos concordam que, apesar de haver mais de 100 vacinas em testes com voluntários, uma fórmula eficaz só tem chance de aparecer daqui a dez anos. Falta derrotar poucos HIV para curar a Aids. Mas esses poucos ainda darão muito trabaho para a ciência.

PARA SABER MAIS:

Caça ao Vírus, Robert Gallo, Editora Siciliano, São Paulo, 1995.

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Vírus e Homens, Luc Montagnier, Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro, 1995.

NA INTERNET:

National Institute of Allergy and infectious Diseases https://www.niaid.nih.gov

Três hipóteses para o exílio do vírus

Em silêncio, no próprio sangue

Os exames só detectam o vírus solto no plasma, a parte líqüida do sangue. Mas ele pode estar invisível para os testes dentro das células imunológicas, os glóbulos sangüíneos brancos. Uma outra infecção que ativar esses glóbulos para uma operação de defesa poderá disparar sem querer a reprodução do HIV.

Construindo um QG no cérebro

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Remédios dificilmente penetram na massa cinzenta, que tem uma proteção natural contra moléculas estranhas. O HIV, porém, é capaz de furar o cerco e armar um quebra-cabeça quase sem solução. O paciente pode enlouquecer. O sistema nervoso funcionaria como uma estufa, onde os vírus crescerão.

Um refúgio na fábrica da defesa

A medula, onde as células defensoras são fabricadas, e os nódulos linfáticos, onde elas amadurecem, são uma opção de fuga para o HIV. Aí não há o que fazer: até existe transplante de medula, mas não de nódulos. A terapia só seria retomada se o HIV voltasse para o sangue, o que poderia levar meses ou anos.

A anatomia do bicho

As partes que compõem o vírus da imuno-deficiência humana, o popular HIV

1 – Um envelope

É assim que a membrana externa acabou conhecida. Entre as suas moléculas está a gp120, a chave feita sob medida para abrir e invadir as células de defesa humanas.

2 – Poucas e más enzimas

Essas moléculas são fundamentais para o vírus conseguir se reproduzir ao entrar em uma célula.

3 – Uma cápsula protetora

Chamada capsídeo, ela guarda os genes e as enzimas. É formada pela proteína p24, que ficou famosa por servir de rastro. Pela quantidade de moléculas p24 no sangue é possível estimar quantos vírus circulam no corpo.

4 – Os genes

Eles ficam gravados em duas fitas de RNA, o chamado ácido ribonucléico.

Quanto tempo dura o encanto

Além da ameaça dos efeitos colaterais e do mal-estar no bolso, existe outro fator para se desconfiar do uso indiscriminado dos inibidores da protease. Eles derrubam o número de HIV, sim. A ponto de os mais modernos exames genéticos não acharem uma mísera partícula do vírus. Mas, por enquanto, não há garantia de que poucos vírus são mais saúde por mais tempo. “O doente melhora. Em tese poderia melhorar com outros remédios”, explica o médico paulista Jamal Suleiman. “O que interessa é descobrir quanto tempo dura o encanto.”

O único estudo afirmando que uma carga viral baixa aponta boas perspectivas saiu do laboratório do virologista John Mellors, da Universidade Pittsburgh, nos Estados Unidos. Ele foi buscar 600 amostras de sangue guardadas há onze anos e, depois, vasculhou o que tinha acontecido com cada paciente de 1985 para cá. Aqueles que, no passado, apresentaram menos de 10 200 vírus por mililitro de sangue – uma gota grande – passaram a última década bem, obrigado. Já os pacientes com uma carga viral maior tiveram doenças oportunistas e 38% deles morreram. Quando o corpo não esconde os sintomas da Aids, é sinal de que existem entre 10 200 e 100 000 vírus por gota de sangue (veja gráfico abaixo).

A agência governamental que controla os tratamentos nos Estados Unidos, a FDA, ainda não recomenda os exames de carga viral lançados em junho (a contagem dos vírus pelo número de partículas do seu RNA soltas no sangue) para monitorar a quantas anda um paciente. Para a entidade, a quantidade de HIV não é um dado conclusivo sobre a saúde de alguém. Mas, segundo Mellors, mesmo quando a quantidade de células de defesa é alta, o que era encarado como bom presságio, os médicos devem receitar os coquetéis anti-HIV (veja como agem no infográfico à direita). Muitos especialistas apostam nisso: bater firme e forte no vírus o quanto antes, sem dar chance para ele crescer. Pois hoje se sabe que quanto mais o HIV se multiplica, maiores as chances de sofrer mutações que o tornam mais apto a vencer o corpo humano.

O vilão sem sossego

Como os remédios tentam impedir o avanço do HIV

1 – Logo na entrada

A molécula gp120 do vírus se encaixa no receptor da célula T4. Então, a cápsula do HIV consegue entrar. Moléculas como as quemoquinas poderiam barrar sua passagem.

2 – Os primeiros golpes

Na célula, o vírus usa a enzima transcriptase reversa, que traduz seu RNA para DNA. Pois só fitas de DNA podem entrar no núcleo. Drogas como o AZT e seus parentes – o DDI, o DDC, o D4T e o 3TC – destroem as enzimas tradutoras. Assim o RNA não vira DNA.

3 – Uma nova arma

Se o vírus escapa da família do AZT, ele vai para o núcleo. Mas para se instalar nele, o HIV deve usar outra enzima, a integrase. Ainda este ano devem surgir drogas inibidoras da integrase, encerrando o estrago por aqui.

4 – Zona de trégua

Se o HIV ultrapassou os obstáculos, o núcleo manda ordens para o ribossomo produzir as proteínas de novos vírus.

5 – O último recurso

As peças de um novo HIV, coladas umas nas outras, saem na forma de um inofensivo vírion, um vírus imaturo. A enzima protease separa e monta essas peças, “amadurecendo” o HIV. Os inibidores dessa enzima são a última esperança para impedir a reprodução do vírus.

Três novas opções de testes

Surge o teste da urina

Agora também é possível saber se alguém é portador do HIV com um simples exame de urina. Ele lembra os velhos exames de gravidez vendidos em farmácia, em que reagentes mudam a cor do líquido quando o resultado é positivo. Se existem anticorpos para o vírus, a cor muda. E aí não há erro: é positivo mesmo. O problema é que o resultado negativo tem 10% de chance de ser falso.

O resultado está na boca

Os americanos acabam de aprovar um dispositivo capaz de detectar os anticorpos que denunciam o HIV secretados pelas mucosas da boca. Lembra um cotonete que, depois de ficar 2 minutos entre a gengiva e a parte interna da bochecha, deve ser levado a um laboratório. O resultado, com 99% de precisão, sai em três dias. Os irlandeses estão desenvolvendo algo parecido, mas com resposta imediata.

Computador à caça de genes

O protótipo de um novo chip criado pela empresa americana Affymetrix também acaba de ser aprovado. Graças a ele, é possível saber se existe material genético do HIV em uma amostra de sangue em apenas 12 horas. Os testes genéticos conhecidos hoje em dia só chegam a alguma conclusão depois de três semanas. O novo dispositivo deverá ser lançado em abril do ano que vem nos Estados Unidos

O primeiro AZT

As chances de o bebê ser contaminado cai de 26% para 8%.

Durante muito tempo os médicos hesitaram em dar remédios contra o vírus da Aids para grávidas portadoras. “Felizmente, provamos que o AZT não prejudica a criança”, diz a pediatra Yvonne Bryson, da Universidade da Califórnia. Quando a mãe engole AZT todo dia a partir do quarto mês de gestação e o bebê recebe gotinhas da droga até a sexta semana de vida, as chances de contaminação caem de 26% para 8%. A redução poderá ser ainda maior se houver cuidados especiais no parto para a criança não entrar em contato com o sangue materno. “O perigo pode baixar para 2%”, estima Yvonne. Mas, segundo a infectologista Marinella Della Negra, do Hospital Emílio Ribas, em São Paulo, nem todos obstetras brasileiros orientam as mães a realizarem o teste. “E, quando elas fazem o teste, nem ficam sabendo que, se o resultado for positivo, será perigoso amamentar”, diz. Hoje, no mundo, cerca de 1 000 bebês são infectados por dia. Os novos inibidores de protease ainda não servem para eles. O problema é o gosto, insuportável na forma de gotas pediátricas. A indústria não resolveu esse problema.

1 – O HIV costuma infectar a placenta. Não quer dizer ele que conseguirá chegar ao bebê.

2 – Isso só acontece se ocorrem pequenas rupturas, provocadas por doenças ou por um trabalho de parto prolongado.

3 – Então, o vírus cai no líquido que envolve a criança. A partir daí, é só um pulo para fazer dela uma nova vítima.

4 – Mas se o cordão umbilical traz uma dose diária de AZT enviada pelo organismo materno, a criança é capaz de destruir o invasor.

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