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Deus é bom?

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h33 - Publicado em 31 mar 2005, 22h00

Fabiano Onça

Nem sempre. Em mitologias de todas as épocas e culturas é possível encontrar uma faceta bem diferente do deus amoroso e compreensivo tão valorizado no ocidente. O próprio Zeus, deus supremo do Olimpo, estava mais para um soberano impiedoso do que para pai bonachão. “A maior parte das entidades divinas é ambígua. Elas apresentam um lado rígido e outro benevolente. Se você cumpre o ‘trato’, é recompensado; se é ‘infiel’, será punido”, diz o americano Edwin Reesink, antropólogo pela Universidade Federal da Bahia, especialista em sociedades indígenas .

A função dos deuses irritadiços ou malévolos é alertar os homens para perigos morais e físicos, mostrando as terríveis conseqüências de ignorar regras predeterminadas. “Com certos assuntos não se deve brincar. Assim, para ensinar lições importantes, os deuses mostram seu lado mais duro”, diz Charles Chiasson, professor de mitologia grega da Universidade do Texas, Estados Unidos.

Mesmo sem os assassinatos rituais tão populares na Antiguidade, a tradição de dor e sofrimento continua viva nos dias de hoje. “No cristianismo temos vários exemplos de sacrifícios, como as peregrinações e a eucaristia (comer a hóstia que representa o corpo de Cristo), um sacrifício símbolico”, diz Reesink.

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Encrenqueiros divinos

Alguns deuses que não estão para brincadeira

Baal Moloch (Deus do sol)

Origem: Cananeu (da região bíblica de Canaã – Palestina)

Um dos mais sanguinários de todos os tempos, era representado por uma estátua oca de bronze com cabeça de touro, dentro da qual deveria haver um fogo aceso. Para aplacar sua ira e garantir que o Sol não esfriasse, os homens sacrificavam bebês primogênitos, jogando-os nas chamas da estátua. Durante o ritual, o povo tocava flautas e tambores para disfarçar os gritos infantis

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Huitzilopochtli (Deus do sol)

Origem: Asteca

Os astecas acreditavam que o mundo já havia sido destruído e reconstruído quatro vezes e que a quinta seria definitiva. O primeiro sinal da catástrofe seria o sol não surgir pela manhã, daí a necessidade de manter calmo este deus propenso à ira. Oferendas de sangue humano eram a garantia de que o Sol nasceria no dia seguinte

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Aji-Suki-Taka-Hi-Kone (Deus do trovão)

Origem: Japonês

A lenda conta que o deus já nasceu barulhento. E que foi piorando à medida que crescia. Os outros deuses costumam colocar escadas à sua frente, para que ele se mantenha longe e lhes dê um pouco de paz. As subidas e descidas constantes explicariam o porquê do ribombar do trovão soar ora mais perto, ora mais longe.

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Ukupanipo (Deus-tubarão das águas)

Origem: Havaiano

Podia ser mortalmente severo ou incrivelmente bondoso. Controlava a quantidade de peixes disponível para os pescadores, punindo com a morte os inabilidosos, distraídos ou desrespeitosos. Em contrapartida, salvava crianças do afogamento, dando-lhes o poder de se transformarem em tubarões

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Musso Koroni (Deusa da desordem e do sofrimento)

Origem: Africana

Adorada pela nação Bambara, Musso Koroni era conhecida como a primeira mulher a caminhar na Terra. Teria plantado seu marido, Pemba, mas, incomodada com seus espinhos, abandonou-o. partir daí, passou a vagar pelo mundo, levando tristeza e confusão por onde passasse

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