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Defesas contra a astrologia

Dez perguntas e um punhado de informações constrangedoras para quem acredita que os astros influem sobre a vida humana

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h51 - Publicado em 18 dez 2009, 22h00

Andrew Fraknoi

Acontece com todos nós – astrônomos profissionais, amadores ativos e curiosos preguiçosos. É só falarmos a alguém de nosso interesse nos céus e rapidamente nos vemos arrastados a um debate sobre astrologia. Para muitos de nós é difícil saber como reagir educadamente a alguém que leva a sério essa antiga superstição. A revelação, feita no ano passado, de que as agendas diárias da Casa Branca, no tempo do presidente Reagan, eram acertadas e reajustadas com base nas previsões de uma astróloga de São Francisco trouxe um novo foco de atenção à ampla aceitação da astrologia por parte do público. Mais do que nunca, qualquer pessoa está sujeita a se envolver numa discussão sobre o valor e a eficácia da astrologia. Assim, eis aqui um guia de fácil acesso para algumas das respostas que se pode dar às alegações dos astrólogos. A base da astrologia não poderia ser mais simples: o caráter e o destino de uma pessoa podem ser entendidos a partir das posições do Sol, da Lua e dos planetas no instante do nascimento. Interpretando a posição desses corpos celestes, mediante o uso de um mapa chamado horóscopo, os astrólogos alega, prever e explicar o curso da vida e ainda ajudar pessoas, empresas e até nações em decisões de grande importância. Por mais implausíveis que essas alegações possam soar aos ouvidos de quem saiba o que realmente são e quão distantes estão o Sol, a Lua e os planetas, uma pesquisa do Gallup, realizada em 1984, revelou que 55 por cento dos adolescentes americanos acreditam em astrologia. E, diariamente, milhares de pessoas baseiam cruciais decisões médicas, profissionais e pessoais em conselhos recebidos de astrólogos e de publicações dedicadas à astrologia.

Os detalhes de suas origens exatas perdem-se na Antiguidade, mas a astrologia tem, pelo menos, milhares de anos de idade e aparece sob diversas formas em muitas culturas. Ela surgiu em uma época em que a visão que a humanidade tinha do mundo era dominada pela magia e pela superstição, quando a necessidade de compreender os padrões da natureza era frequentemente uma questão de vida ou morte.

Os corpos celestes, naquele tempo, pareciam ser deuses ou espíritos importantes ou, pelo menos, símbolos ou representantes de personagens divinos, que pareciam passar o tempo mexendo com as vidas diárias dos seres humanos. As pessoas procuravam ansiosamente no céu sinais que lhes permitissem descobrir o que os deuses fariam em seguida.

Considerado nesse contexto, um sistema que relacionasse os planetas brilhantes e as constelações zodiacais às significativas questões da vida tinha tudo para ser atraente e tranquilizador. E mesmo hoje, apesar de tantos esforços empregados no ensino e na divulgação da ciência, para muita gente o apelo da astrologia não diminuiu. Para essas pessoas, pensar no planeta Vênus como um mundo deserto, coberto de nuvens e quente como um forno é muito menos sedutor do que vê-lo como uma fonte de ajuda na hora de decidir um casamento. Uma boa maneira de começar a pensar na perspectiva astrológica é dar uma olhada cética, mas bem-humorada, nas consequências lógicas de algumas de suas alegações. Aqui estão minhas dez perguntas favoritas aos defensores da astrologia.

Qual a probabilidade de que 1/12 da população mundial esteja tendo o mesmo tipo de dia?

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Os astrólogos que publicam horóscopos nos jornais (que aparecem em mais de 1200 diários, só nos Estados Unidos) asseguram que você pode saber algo sobre seu dia lendo um dos doze parágrafos no seu matutino predileto. Uma divisão elementar mostra que 400 milhões de pessoas pelo mundo afora terão o mesmo tipo de dia, todo santo dia. Dada a necessidade de atender a tantas expectativas ao mesmo tempo, torna-se claro o motivo pelo qual as previsões astrológicas vem acondicionadas em um palavreado o mais vago e o mais genérico possível.

Por que a hora do nascimento, e não a da concepção, é crucial para a astrologia?

A astrologia parece científica para algumas pessoas porque o horóscopo é baseado em um dado exato: o tempo do nascimento de cada um. Quando a astrologia foi estabelecida, há muito tempo, o instante do nascimento era considerado o ponto mágico da criação da vida. Mas hoje entendemos o nascimento como o ponto culminante de um desenvolvimento ininterrupto de nove meses dentro do útero. Tanto assim que atualmente cientistas acreditam que muitos aspectos da personalidade de uma criança são estabelecidos muito antes elo nascimento. Suspeito que o motivo pelo qual os astrólogos ainda se mantêm fiéis ao momento do nascimento tem pouco a ver com a “teoria” astrológica. Quase todo cliente sabe quando nasceu, mas é difícil (e talvez embaraçoso) identificar o momento da concepção de uma pessoa.

Se o útero da mãe pode afastar influências astrológicas até o nascimento, será que podemos fazer a mesma coisa com um pedaço de filé?

Se forças tão poderosas emanam do céu, por que elas são inibidas antes do nascimento por uma fina camada protetora feita de músculo, carne e pele? Se o horóscopo potencial de um bebê for insatisfatório, será que poderíamos retardar a ação das influências astrológicas circundando imediatamente o recém-nascido com um naco de carne até que os Signos celestiais fiquem mais auspiciosos?

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Se os astrólogos são tão bons quanto afirmam, por que eles não são mais ricos?

Alguns astrólogos respondem que não podem prever eventos específicos, apenas tendências amplas. Outros alegam ter o poder de prever grandes eventos, mas não pequenos acontecimentos. Mas, seja como for, os astrólogos poderiam ganhar bilhões prevendo comportamento geral do mercado de ações ou do mercado futuro de ouro – assim não precisariam cobrar consultas tão caras de seus clientes. Em outubro de 1987, quantos astrólogos previram a Segunda-Feira Negra na Bolsa de Valores de Nova Yourk e advertiram seus clientes a respeito?

Estarão incorretos todos os horóscopos feitos antes da descoberta dos três planetas mais distantes?

Alguns astrólogos afirmam que o signo do Sol (a localização do Sol no zodíaco no instante do nascimento), usado exclusivamente por muitos horóscopos de jornais, é um guia inadequado para os efeitos do Cosmo. Esses praticantes “sérios” (geralmente aqueles que perderam o lucrativo negócio das colunas de astrologia na imprensa) insistem que a influência de todos os corpos principais no sistema solar deve ser levada em consideração – incluindo Urano, Netuno e Plutão, que somente foram descobertos em 1781, 1846 e 1930, respectivamente. Nesse caso, o que será que acontece com a alegação de alguns astrólogos, segundo a qual sua arte tem permitido previsões corretas durante muitos séculos? Não estarão errados todos os horóscopos traçados antes de 1930? E por que as imprecisões dos antigos horóscopos não levaram os astrólogos a deduzir a presença de Urano, Netuno e Plutão muito antes que os astrônomos os descobrissem? E que acontecerá se os astrônomos descobrirem um décimo planeta? E que dizer dos asteróides e das luas do tamanho de planetas, localizados na periferia do sistema solar?

Não deveríamos condenar a astrologia como uma forma de intolerância?

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Numa sociedade civilizada, deploramos todos os sistemas que julgam os indivíduos meramente pelo sexo, cor da pele, religião, nacionalidade ou por quaisquer outros acasos de nascimento. No entanto, os astrólogos alardeiam que podem avaliar as pessoas baseados em outro acaso de nascimento – as posições dos corpos celestes. Será que a recusa em namorar alguém do signo de Leão ou de empregar alguém de Virgem não é tão condenável quanto a recusa em namorar um protestante ou dar emprego a um negro?

Por que diferentes escolas de astrologia discordam tão frontalmente entre si?

Os astrólogos parecem discordar em relação às questões mais fundamentais de seu ofício: levar ou não em conta a precessão (o movimento) do eixo da Terra, quantos planetas e outros corpos celestes devem ser incluídos e principalmente – que traços de personalidade devem ser atribuídos aos fenômenos cósmicos. Leiam-se dez colunas diferentes sobre astrologia, ou consultem-se dez diferentes astrólogos e provavelmente se sairá com dez interpretações diferentes. Se a astrologia fosse uma ciência, como seus proponentes sustentam, por que seus praticantes não estão convergindo para uma teoria consensual depois de milhares de anos de coleta de dados e de refinamento de sua interpretação? Idéias científicas geralmente convergem com o passar do tempo, na medida em que são testadas em laboratórios e cotejadas com outras evidências. Em contraste, sistemas baseados em superstição ou em crença pessoal tendem a divergir, pois seus praticantes vão esculpindo nichos separados enquanto se acotovelam na disputa por poder, riqueza ou prestígio.

Se a influência astrológica é exercida por alguma força conhecida, por que os planetas dominam?

Se os efeitos da astrologia podem ser atribuídos à gravidade, à força das marés ou ao magnetismo (cada qual invocado por uma escola diferente), mesmo um calouro em Física poderia realizar os cálculos necessários para ver o que realmente afeta um recém-nascido. Esses cálculos estão formulados para muitos casos diferentes no livro Astrology: frue or false (Astrologia: verdade ou mentira, ainda não editado no Brasil), de Roger Culver e Philip Ianna.
Por exemplo, o obstetra que faz o parto exerce um força gravitacional cerca de seis vezes superior à Marte e cerca de dois trilhões de vezes maior do que a da maré. O médico pode ter muito menos massa do que o planeta vermelho, mas estará muito mais perto do bebê.

Se a influência astrológica é exercida por uma força desconhecida, por que não depende da distância?

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Todas as forças de longo alcance conhecidas no Universo ficam mais fracas à medida que os objetos se distanciam. Mas, como seria de esperar de um sistema que tivesse a Terra no sue centro, imaginado há milhares de anos, as influências astrológicas não dependem em nada da distância. A importância de Marte em um dado horóscopo é idêntica, esteja o planeta do mesmo lado do Sol que a Terra ou sete vezes mais distante, do outro lado. Uma força independente da distância seria uma descoberta revolucionária.

Se a influência astrológica não depende da distância, por que não existe astrologia de estrelas, galáxias e quasares?

O astrônomo francês Jean-Claude Pecker observou que os astrólogos parecem ter uma mente muito estreita quando limitam seu ofício a nosso sistema solar. Bilhões de estupendos corpos espalhados por todo o Universo deveriam somar sua influência à dos nossos pequenos Sol, Lua e planetas. Será que um cliente, cujo horóscopo omite seus efeitos de Rigel, do pulsar do Caranguejo e da galáxia M31, recebeu um mapa astrológico realmente completo?

Mesmo se concedermos aos astrólogos o benefício da dúvida em todas essas questões – aceitando que possam existir influências astrológicas além de nosso conhecimento atual do Universo -, há um devastador pormenor final. A astrologia simplesmente não funciona. Muitos testes comprovaram que, a despeito de suas alegações, os astrólogos não podem prever coisa alguma. Afinal de contas, não precisamos saber como algo funciona para perceber se funciona. Durante as duas últimas décadas, enquanto os astrólogos sempre estavam de alguma forma muito ocupados para conduzir testes estatisticamente válidos de seu trabalho, cientistas físicos e sociais o fizeram por eles. Consideremos alguns estudos representativos.

O psicólogo Bernard Silverman, da Universidade de Michigan, estudou as datas de nascimento de 5956 pessoas que estavam casando e de 956 outras que estavam se divorciando. A maioria dos astrólogos afirma que podem ao menos prever quais os signos astrológicos compatíveis ou incompatíveis quando se trata de pessoas. Silverman comparou tais previsões com os registros reais e não encontrou nenhuma correlação. Homens e mulheres com “signos compatíveis” casaram e se divorciaram com a mesma frequência de casais com “signos compatíveis”. Muitos astrólogos insistem que o signo do Sol de uma pessoa se relaciona fortemente com a escolha de sua profissão. Realmente, o aconselhamento vocacional é uma importante função da moderna astrologia. O físico John McGervey, da Universidade Case western Reserve, de Cleveland, analisou biografias e datas de nascimentos de cerca de 6 mil políticos e 17 mil cientistas para ver se os membros dessas profissões estariam agrupados em certos signos, como os astrólogos predizem. Ele verificou que os signos de ambos os grupos se distribuíam completamente ao acaso.

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Para superar as objeções que seriam levantadas por astrólogos que acham que apenas o signo é insuficiente para uma avaliação, o físico Shwan Carlson, do Laboratório Lawrence Berkley,
realizou um engenhoso experimento. Grupos de voluntários foram solicitados a dar as necessárias informações para a preparação de um horóscopo completo e a preencher o chamado California Personality lnventory, um questionário padrão empregado pelos psicólogos, que trabalha apenas com o mesmo tipo de termos descritivos, genéricos e amplos que os astrólogos utilizam. Uma “respeitada” organização astrológica construiu horóscopos para os voluntários enquanto 28 astrólogos profissionais, que haviam aprovado o procedimento antecipadamente, receberam cada qual um horóscopo e três perfis de personalidade, um dos quais pertencia ao sujeito do horóscopo. A tarefa deles era interpretar o horóscopo e determinar a qual dos três perfis ele correspondia.

Embora os astrólogos tivessem previsto um resultado superior a 50 por cento de acertos, o resultado final, em 116 tentativas, foi de apenas 34 por cento de acertos – exatamente o que se pode esperar de simples palpites. Carlson publicou seus resultados na edição de 5 de dezembro de 1985 da revista científica Nature, para grande constrangimento da comunidade astrológica. Outros testes mostram que pouco importa o que diga um horóscopo, desde que a pessoa sinta que as interpretações foram feitas para ela, pessoalmente. Poucos anos atrás, o estatístico francês Michel Gauquelin enviou a 150 pessoas o mapa astral de um dos piores assassinos da história francesa e perguntou-lhes se elas se identificavam com aquela descrição. Noventa e quatro por cento das pessoas responderam que se reconheciam naquele mapa.

Os astrônomos Culver e Ianna verificaram que, de mais de 3 mil previsões de astrólogos conhecidos (muitas das quais sobre políticos, artistas de cinema e outras pessoas famosas), somente cerca de 10 por cento deram certo, Se as estrelas levam os astrólogos a nove previsões incorretas em cada dez tentativas, elas dificilmente podem ser consideradas como guias confiáveis para quaisquer decisões. Evidentemente, aqueles de nós que amam a Astronomia não podem simplesmente esperar que desapareça a paixão desenfreada do público pela astrologia. Devemos nos manifestar contra ela, sempre que necessário ou apropriado, debatendo as suas deficiências e encorajando um interesse pelo Cosmo real, de mundos e sóis remotos, que piedosamente não estão preocupados com as vidas e os desejos das criaturas do planeta Terra. Não devemos permitir que mais uma geração de jovens cresça algemada a uma antiga fantasia, resquício de um tempo em que o homem se encolhia perto do fogo, com medo da noite.

E agora, a jatologia

Uma boa maneira de fazer com que as pessoas pensem sobre a validade da astrologia é inventar uma “ciência” similar, porém não tão curvada ao peso da tradição e da história: a jatologia. Ela garanteque as posições dos Jumbos em vôo no mundo inteiro, no instante do nascimento de uma pessoa, afetam sua personalidade e seu destino. Para obter os benefícios totais de um mapa jatológico, um jatólogo profissional deve analisar cuidadosamente o padrão das posições dos jatos em todo om mundo. (Como é necessário um computador para ajudar a colher os dados e organizá-los, a jatologia deve ser uma disciplina científica.) Mas, mesmo quando seu mapa jatológico estiver terminado, o leigo não será capaz de interpretá-lo. Anos de treinamento são necessários para que o mapa seja adequadamente analisado. Tome-se por exemplo o congestionamento habitual de aviões dobre o aeroporto O’Hare, em Chicago – seu significado para a vida amorosa da pessoa exigirá muito estudo de um jatólogo experiente.

Se esta proposta fizer alguém sorrir, talvez seja o caso de perguntar qual é a graça. Afinal de contas, as posições daqueles objetos no céu devem ter algo com as nossas vidas. Ou não?

Andrew Fraknoi é administrador executivo da Sociedade Astronômica do Pacífico, nos Estados Unidos, e editor da revista Mercury.

US$10 mil para quem achar o Sol

A 11 de julho de 1991, a sombra da Lua irá se estender sobre o hemisfério ocidental, fazendo com que milhões de pessoas mergulhem na escuridão durante o mais longo eclipse total do Sol. Outro igual só ocorrerá no ano de 2132. Essa mesma escuridão, no entanto, irradiará uma nova luz sobre as alegações dos astrólogos se Ben Mayer, um astrônomo amador de Los Angeles, conseguir seu intento. Mayer lançou o Desafio de Gêmeos, oferecendo um prêmio de 10 mil dólares. As regras são simples: produza uma fotografia autêntica, mostrando o Sol eclipsado no dia 11 de julho de 1991 contra as estrelas da constelação de Câncer – e o prêmio será seu. Mas, antes, saiba que no dia 11 de julho de 1991 o Sol estará quase diretamente em frente à estrela Delta de Gêmeos e quase 10 graus fora da fronteira de Câncer. Somente os astrólogos afirmam que o Sol estará em Câncer nessa data.

Qualquer horóscopo de jornal dirá que alguém nascido entre 21 de junho e 21 de julho é do signo de Câncer. Assim, no dia 11 de julho, é de esperar que o Sol esteja mais ou menos no meio da constelação de Câncer. E é provável que de fato tenha estado – há milhares ele anos, quando os astrólogos elaboraram mapas de posições do Sol, da Lua e dos planetas, para ajudá-los em seus horóscopos. Mas, com o passar dos séculos, mudou lentamente o momento do ano em que o Sol está em determinada constelação. Hoje, os astrólogos ocultam essa discrepância referindo-se a “signos” astrológicos, e não às estrelas propriamente ditas.

É aí que entra o Desafio de Gêmeos. Durante o eclipse de 1991, quando o Sol ficar encoberto, Mayer quer que as pessoas vejam por si mesmas se o Sol está realmente na constelação de Gêmeos. Se assim é, por que inventar um concurso que ninguém pode ganhar? Mayer acredita que, olhando o céu, as pessoas aprenderão a verdade sobre a astrologia, embora ele próprio se guarde de dizer o que acha dela. Talvez queira apenas que as pessoas vejam a beleza das estrelas.

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