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Restos bem preservados de duas vítimas do Vesúvio foram encontrados em Pompeia

Antiga cidade romana conta com 1.500 "estátuas" de pessoas soterradas pela poeira causada por uma erupção há 2 mil anos.

Por Guilherme Eler
Atualizado em 27 nov 2020, 19h58 - Publicado em 27 nov 2020, 19h42

A erupção do vulcão Vesúvio no ano 79 d.C pegou boa parte da população de Pompeia desprevenida. Tanto que muitos dos 13 mil habitantes que viviam na cidade italiana, então parte do Império Romano, sequer puderam abandonar suas casas. O resultado foi que centenas de cadáveres acabaram soterrados pelas cinzas do vulcão – e, como se fossem estátuas bem preservadas, descobertos por arqueólogos séculos depois.

Desde 1748, quando as escavações das ruínas de Pompeia tiveram início, 1.500 corpos foram encontrados na região afetada pelo desastre. Cientistas estimam que o número de vítimas esteja em torno de 2.000.

Muitas das vítimas perderam a vida atingidas por rochas ou os destroços de casas e construções. Mas a maior parte morreu por causa do chamado fluxo piroclástico, uma nuvem de gás quente e cinzas liberada após a erupção de vulcões.

Há casos famosos, como este, descoberto em 2018, de um homem que foi decapitado por uma rocha ao tentar fugir carregando um saco de moedas de prata. Ou ainda deste outro, soterrado em uma posição que sugere que ele morreu se masturbando – algo que, segundo especialistas, é algo pouco provável.

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Agora, arqueólogos do sítio arqueológico de Pompeia descobriram mais dois corpos que somam a essa lista. A dupla mais recente, encontrada lado a lado, teria sobrevivido à primeira erupção do vulcão – mas morrido no dia seguinte, devido à onda de calor.

Analisando os corpos e o seu vestuário, os cientistas conseguiram recriar parte da biografia dos mortos. Acredita-se que um dos cadáveres pertencia a um homem nobre, com idade entre 30 e 40 anos – algo denunciado pelo casaco de lã que ele vestia. 

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Ao seu lado, havia um jovem, trajado numa túnica, que tinha algo na faixa dos 18 aos 25 anos. Segundo especialistas, é provável que ele fosse um funcionário ou escravo do homem mais abastado, e morreu ao lado do patrão. O homem mais novo tinha lesões nas costelas, indícios de que ele fazia trabalho braçal.

Ambos os corpos estavam cobertos por mais uma camada de 1,8 metro de cinzas, no que parecia ser o corredor da vila. Ali perto, em 2017, já haviam sido encontrados vestígios de três cavalos mortos no incidente.

“As vítimas provavelmente estavam procurando abrigo numa área subterrânea, onde pensaram que estariam mais bem protegidas”, disse Massimo Osanna, diretor geral do parque arqueológico de Pompeia, em entrevista à Associated Press.

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A técnica que os pesquisadores usam para identificar os mortos de Pompeia é curiosa. Após os corpos serem soterrados pelas cinzas do vulcão, formou-se em volta deles uma espécie de molde. Esse molde, depois que o corpo se decompõe, fica vazio. Os cientistas, então, usam calcário líquido (ou giz) para preencher as estátuas. Com isso, é possível recriar partes do corpo como dentes e ossos, recuperando a aparência das vítimas no momento da morte.

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