Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Covid-19: O que se sabe sobre a nova variante detectada na África do Sul

A B.1.1.529 foi anunciada ontem (25), e já se encontra em pelo menos quatro países. Entenda por que a variante preocupa cientistas.

Por Maria Clara Rossini
Atualizado em 13 mar 2024, 18h03 - Publicado em 26 nov 2021, 11h23

Na última quinta-feira (25), o Ministério da Saúde da África do Sul anunciou a presença de uma nova variante do Sars-Cov-2 no país. A B.1.1.529, que já é considerada a variante com o maior número de mutações até o momento, foi batizada como Omicron pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira (26). Ela também foi classificada como uma “variante de preocupação”, mesmo grupo das variantes Alfa, Beta, Delta e Gama.

A nova variante possui pelo menos 50 mutações – sendo 30 delas na proteína spike, localizadas na superfície do coronavírus. Essa proteína é a “chave” que o vírus usa para infectar as células humanas. As vacinas fazem com que o sistema imunológico consiga identificar essa chave e combater o patógeno antes que ele entre nas células.

A B.1.1.529 é preocupante justamente pelo alto número de mutações na proteína spike, o que pode comprometer a efetividade das vacinas. No entanto, ainda não há dados suficientes para afirmar se a nova variante consegue ou não escapar das vacinas. 

Durante o anúncio da descoberta, o virologista Tulio de Oliveira, diretor do Centro para Resposta Epidêmica e Inovação na África do Sul, disse que a B.1.1.529 possui um conjunto incomum de mutações, muito diferente do que foi visto em outras variantes.

Ainda é cedo para dizer se ela é mais transmissível ou letal que as outras variantes detectadas até o momento. Mesmo assim, Reino Unido, Itália, Alemanha e Israel já restringiram os voos vindos da África do Sul. Singapura e Japão pretendem fazer o mesmo.

Continua após a publicidade

Onde ela já foi detectada?

Não se sabe como ou onde a variante surgiu. A África é o continente com a menor porcentagem de pessoas vacinadas contra a Covid-19, o que pode ter estimulado o surgimento das mutações. Quanto mais o vírus se reproduz – ou seja, circula entre as pessoas – mais chances ele tem de ganhar mutações que podem ser vantajosas. 

O pesquisador Francois Balloux, da UCL Genetics Institute, em ​​​​Londres, levantou a possibilidade de o vírus ter se reproduzido e ganhado mutações durante uma infecção crônica em um paciente imunossuprimido, possivelmente com HIV.

Continua após a publicidade

É possível que ela tenha surgido em Botsuana antes de migrar para a África do Sul. Um relatório divulgado ontem pela força tarefa contra a Covid-19 do país mostra que quatro casos foram identificados na segunda-feira (22), em pessoas que estavam com o esquema vacinal completo. De toda forma, ainda é cedo para cravar a origem da variante.

Até quinta-feira (25), quase 100 casos já haviam sido confirmados na África do Sul. Hong Kong já confirmou dois casos: um em um viajante vindo da África do Sul e outro em uma pessoa que cumpria a quarentena obrigatória no mesmo hotel.

Na manhã desta sexta-feira (26), Israel também confirmou um caso em um viajante vindo do Malauí. Outros dois casos suspeitos aguardam o resultado dos testes. A Bélgica também confirmou um caso da variante.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.