Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

Oráculo

Por aquele cara de Delfos Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Ser supremo detentor de toda a sabedoria. Envie sua pergunta pelo inbox do Instagram ou para o e-mail maria.costa@abril.com.br.
Continua após publicidade

Por que Chernobyl é inabitável, mas Hiroshima já não é mais perigosa?

A bomba, além de carregar 2,8 mil vezes menos urânio que a usina, não tinha o objetivo de contaminar a região por tempo indeterminado.

Por Bruno Carbinatto
18 mar 2021, 13h49

Chernobyl e outras usinas usavam muito mais material radioativo que as bombas americanas lançadas contra o Japão – cujo objetivo era a liberação instantânea de energia por meio da fissão, e não tornar a região atingida inabitável por tempo indeterminado (ainda que, em curto prazo, os efeitos da radiação tenham sido devastadores para a saúde dos sobreviventes).

A bomba Little Boy, que atingiu Hiroshima, carregava 63 kg de urânio. Já Chernobyl utilizava 180 toneladas de urânio – 2,8 mil vezes mais. A Fat Man, que destruiu Nagasaki, continha 6,4 kg de plutônio, um outro elemento radioativo. Ela empregava um mecanismo diferente – o que explica a modesta exigência de matéria-prima. 

Além da quantidade menor de urânio, outras variáveis importantes foram o tempo bastante longo que Chernobyl passou liberando resíduos no ambiente e o fato de que muitos desses contaminantes impregnaram o solo em vez de se dispersar pelo ar.

O material de Chernobyl sofria fissão de forma controlada para geração de energia elétrica. No acidente, esse material foi exposto, liberando grande quantidade de urânio e de seus produtos de fissão em uma região ampla por um período prolongado. “Esses subprodutos são muito mais radioativos que o próprio urânio”, explica Rafael Garcia, pesquisador titular do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN).

Por terem explodido no ar, as bombas espalharam seus resíduos radioativos na nuvem em forma de cogumelo criada pela detonação; em Chernobyl, o material vazou na superfície e penetrou no chão.

Continua após a publicidade

Hoje, Hiroshima e Nagasaki são importantes centros urbanos do Japão, com 1,2 milhão e 430 mil habitantes, respectivamente. Já Chernobyl permanece inabitada – embora os níveis de radiação atualmente estejam apenas um pouco acima do normal, permitindo visitas de turistas curiosos e estadias breves.

Pergunta de @diego.zanchetta, via Instagram.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.