A incrível máquina da vida
Os jornais, almanaques e livros de recordes cuidam para que as pessoas comuns também possam receber a notícia.
Esqueça que você é gente e tente se imaginar apenas como um mamífero. Se reparar bem, verá que são poucas as diferenças entre você e outros animais de sangue quente, pêlos e mamas – principalmente entre você e um macaco, o nosso primo mais próximo. A mais importante diferença, claro, é a habilidade do nosso cérebro – órgão mais complexo do corpo humano. Ao contrário do que acontece nos demais mamíferos, o nosso cérebro tem uma espécie de cabine de comando, o córtex, que desempenha um papel fundamental na nossa personalidade e inteligência. Agora olhe para o lado e compare-se a alguém que esteja por perto. Você vai ver que, apesar de sermos praticamente idênticos uns aos outros (99,99% do nosso material genético é igual), o que nos salta aos olhos são as pequenas diferenças: a altura, o peso, a musculatura, a cor da pele e do cabelo. Na verdade, somos nós que buscamos essas diferenças. Temos necessidade delas para afirmar nossa individualidade. Essa é uma das razões para nos interessarmos tanto por saber quais são os limites biologicamente definidos do nosso corpo e quais marcas podemos ultrapassar. Os jogos e os esportes nasceram, em boa parte, dessa curiosidade. A ciência faz essa busca de uma maneira sistemática: sempre que alguém consegue uma marca notável, os cientistas relatam tudo em suas revistas especializadas. Os jornais, almanaques e livros de recordes cuidam para que as pessoas comuns também possam receber a notícia. Curiosidade ou ciência, a verdade é que todo mundo quer saber até onde nós podemos chegar.