Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Prorrogamos a Black: Super por apenas 5,99

Brontossauro, o dinossauro que nunca existiu

Com certeza você já ouviu falar dessa espécie, que é praticamente sinônimo de dinossauro. Mas é pura lenda: a "descoberta" dela foi só uma confusão com fósseis de outro animal.

Por Salvador Nogueira
5 jul 2018, 13h24 • Atualizado em 9 jan 2023, 21h39
  • Quem nunca ouviu falar no poderoso brontossauro? O nome é praticamente sinônimo de dinossauro e representa um dos tipos mais conhecidos dessas criaturas – aqueles gigantes herbívoros que andavam sobre quatro patas, conhecidos entre os entendidos como saurópodes.

    É um certo choque, portanto, descobrir que o brontossauro nunca existiu. Ou melhor, existiu, mas na verdade era outra espécie. O caso é um ótimo exemplo do frenesi que tomou conta dos pesquisadores de fósseis no final do século 19.

    Em 1877, o paleontólogo americano Othniel Charles Marsh, da Universidade Yale, estava ocupado estudando muitos exemplares de saurópodes encontrados em cidades do oeste dos Estados Unidos. Os fósseis eram novos e estavam em boas condições, mas muitas vezes vinham incompletos. Entre eles, Marsh descreveu um que ganhou o nome de apatossauro.

    Dois anos depois, outro fóssil cruzou seu caminho, dessa vez mais completo, e Marsh batizou de brontossauro. Com a incrível dinomania que as descobertas estavam produzindo na época, o nome logo se tornou popular – muito mais conhecido que o apatossauro, descrito antes, mas com menos ossos conhecidos.

    Para ficar tudo ainda mais estranho, o brontossauro de Marsh não tinha cabeça, o que fez o paleontólogo tentar imaginar qual seria a forma do crânio da gigantesca criatura. Ele especulou que fosse similar ao de um camarassauro e, para efeito de exposição, o esqueleto do brontossauro ganhou uma cabeça desse outro colega.

    Continua após a publicidade

    Contudo, os anos se passaram e no começo do século 20 os pesquisadores começaram a notar que brontossauro e apatossauro eram na verdade a mesmíssima espécie. Em casos assim, como diria o comentarista esportivo, a regra é clara: prevalece o nome mais antigo. Apatossauro, portanto.

    Claro, a popularidade impediu que o termo “brontossauro” desaparecesse por completo, embora tenha caído em desuso entre os cientistas. Mas a saga não terminaria aí.

    Em 1978, David Berman, do Museu Carnegie, nos Estados Unidos, fez uma análise dos fósseis conhecidos e concluiu que um crânio encontrado em Utah, em 1910, era a cabeça verdadeira do apatossauro – muito mais parecida com a do diplodoco do que com a do camarassauro. Resultado: museus de todo o mundo fizeram um transplante de cabeça nas reconstituições de esqueletos que têm expostos.

    Continua após a publicidade

    FICHA TÉCNICA
    Espécie: Apatossauro
    Época: 150 milhões de anos atrás
    Onde: Estados Unidos
    Habitat: florestas
    Tamanho: 23 metros (comprimento)
    Dieta: plantas

    O apatossauro era mais pesado e um pouco menor que seus parentes, com pernas mais grossas para sustentar seu peso, estimado em 18 toneladas. Especula-se que ele derrubasse árvores para se alimentar, em vez de se esticar para comer as folhas mais altas.

    Compartilhe essa matéria via:
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    PRORROGAMOS BLACK FRIDAY

    Digital Completo

    Enquanto você lê isso, o mundo muda — e quem tem Superinteressante Digital sai na frente.
    Tenha acesso imediato a ciência, tecnologia, comportamento e curiosidades que vão turbinar sua mente e te deixar sempre atualizado
    De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
    PRORROGAMOS BLACK FRIDAY

    Revista em Casa + Digital Completo

    Superinteressante todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
    De: R$ 26,90/mês
    A partir de R$ 9,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.