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As mais bizarras descobertas científicas dos últimos tempos

Nem todo artigo científico é tão revolucionário quanto a Teoria da Evolução...

Por Ana Carolina Leonardi
Atualizado em 4 nov 2016, 19h16 - Publicado em 19 jul 2016, 16h00

As pesquisas científicas atingem o ápice de importância com prêmios como o Nobel, que celebram sua relevância para a humanidade. Para todos os outros pesquisadores – que dedicam suas carreiras a colar rabos artificiais em galinhas, estudar aspectos evolutivos do Pikachu ou simplesmente encontrar a importância médica das lombadas na estrada – existe os Anais das Pesquisas Improváveis, que ficam de olho nos artigos mais estranhos e oferecem anualmente o Premio Ignóbel aos campeõs de bizarrice.

O objetivo não é tirar sarro dos pesquisadores – tanto que a maioria deles aceita o prêmio com animação – e sim chamar a atenção para a importância escondida em descobertas que, à primeira vista, são apenas hilárias. Confira artigos que foram destaques dos últimos anos entre as pesquisas que fazem pensar, mas só depois que você conseguiu parar de rir.

Como descozinhar um ovo

A pesquisa: “Redobramento de proteínas de agregados e corpos de inclusão mediado por tensão de corte”.
Os autores: um time internacional da Universidade da Austrália Ocidental e da Universidade da Califórnia em Irvine
O que significa: os cientistas descobriram um método químico para descozinhar um ovo parcialmente. Obviamente, o objetivo científico é mais profundo: eles desenvolveram uma forma inédita uma forma de recuperar proteínas quando elas foram desnaturadas (como acontece no seu ovo cozido), o que geralmente leva tempo e é muito caro. O método descoberto na pesquisa leva apenas alguns minutos e pode reduzir o desperdício de proteínas usadas em laboratório – além de ser uma ótima ideia para aquele dia em que a gema não ficou do jeito que você queria.

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Quanto tempo mamíferos levam para esvaziar a bexiga

A pesquisa: “Duração da micção não muda com o tamanho corporal”
Os autores: pesquisadores do Instituto de Technologia da Georgia, nos EUA
O que significa: Todos os mamíferos levam o mesmo tempo para terminar de fazer xixi – 21 segundos. É um fato interessante sobre a nossa anatomia para contar para os amigos no bar, mesmo ser uma descoberta revolucionária. Só que o mais bizarro dessa pesquisa é a famosa margem de erro, de 13 segundos para mais ou para menos. Então “o mesmo tempo” pode ser desde um xixi rápido de 8 segundos até uma sentada tranquila de mais de meio minuto…

História evolutiva de Pokémon

A pesquisa: “Filogênese e histórico evolucionário dos Pokémons”
Os autores: estudantes de pós-graduação da Universidade da Califórnia e o Professor Oak (o personagem do desenho é formalmente registrado como co-autor do estudo, com o nome japonês oficial Yukinari Okido)
O que significa: Lembra das aulas de biologia cheias de diagramas sobre as relações evolutivas entre as espécies? Em que dava para ver como os dinossauros são os “avós” da galinha (mais sobre isso abaixo)… Estudantes de entomologia fizeram um gráfico cientificamente válido sobre os animais de mentira de Pokémon. 646 espécies foram catalogadas e distribuídas em 16 gerações de acordo com as características físicas e até a forma de reprodução dos monstrinhos.

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Um “hã?” mundial

A pesquisa: “‘Huh’ é uma palavra universal? Insfraestrutura conversacional e a evolução convergente de itens linguísticos”
Os autores: pesquisadores holandeses do Instituto Max Planck de Psicolinguística
O que significa: Existe uma versão equivalente para a expressão “hã?” em todas as línguas humanas do planeta. Só que depois de comprovar que existe uma forma de explicar que você não entendeu coisa nenhuma em uma única sílaba esquisita, independente do lugar em que você esteja, os pesquisadores não conseguiram explicar o motivo… Hã?

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888 filhos em 30 anos

A pesquisa: “O caso de Moulay Ismael – Fato ou Fantasia?”
Os autores: Antropólogos da Universidade de Vienna com um pézinho na matemática
O que significa: Moulay Ismael foi um imperador do Marrocos que, segundo a lenda, teve 888 filhos de 1697 até 1727. Biólogos e psicólogos debateram por anos se seria fisicamente possível ter esse número de filhos e os pesquisadores austríacos resolveram tirar o caso a limpo. Fizeram um modelo matemático no computador chegaram a conclusão que sim, dá para ter tudo isso de filho em só três décadas. Segundo os cálculos, transando uma média de 1,63 vezes por dia, um homem consegue ter ter 1.171 filhos em 32 anos. E basta “só” um harém de 65 mulheres para atingir esse feito.

T-Rex são galinhas com rabo

A pesquisa: “Galinhas com rabos artificiais dão pistas sobre a locomoção de terópodes não-aviários”
Os autores: biólogos hermanos da Universidade do Chile e da Universidade de Illinois, em Chicago.
O que significa: Esses cientistas levam Jurassic Park a sério. A ciência sabe que as aves são os descendentes mais próximos de dinossauros que existem hoje em dia – mas esta equipe foi longe para provar o parentesco. Eles colocaram rabos artificiais em galinhas (e filmaram para o mundo ver!) mostrando que, com o adendo, elas andam exatamente como os registros arqueológicos dos dinossauros indicam que caminhavam os terópodes, com o Tiranossauro Rex. Imagina ter um deles no seu quintal anunciando que o Sol nasceu.

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O mais inútil dos diagnósticos de apendicite

A pesquisa: “Dor em lombadas no diagnóstico de apendicite aguda”
Os autores: pesquisadores da unidade de atendimento médico básico da Universidade de Oxford
O que significa: A dor piora quando aperta? E quando passa na lombada? Essas perguntas deveriam fazer parte de uma triagem de hospital, pelo menos de acordo com esse estudo. Baseados nos relatos de pessoas que correram para o hospital com apendicite, eles descobriram que o quadro está associado com uma dor maior ao passar por lombadas no caminho. Mas a lombada é só o começo: se for apendicite mesmo, vai doer para se mexer, para tossir, para respirar…

Dor pela ciência

A pesquisa: “Index de Dor de Picadas de Abelha por Área do Corpo”
O autor: O neurobiólogo e quase-mártir científico Michael L. Smith, da Universidade Cornell.
O que significa: Um PhD na Cornell em Neurobiologia custa quase R$ 70 mil por ano. Mas ser picado repetidamente por abelhas em 25 lugares diferentes do corpo em nome da ciência não tem preço. Smith não usou nenhum voluntário e foi cobaia da própria pesquisa. Mas pelo menos agora ele pode te dizer que ser picado no crânio, no dedinho médio do pé e na parte superior do braço dói menos. E o ápice de dor de uma ferroada de abelha acontece na narina, no lábio superior e (sem surpresa nenhuma) no pênis.

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Jesus na torrada

A pesquisa: “Correlatos neurais e comportamentais da pareidolia facial”
Os autores: cientistas da computação e automação e neurocientistas da Universidade de Pequim
O que significa: Nenhum mistério é estranho demais para os verdadeiros cientistas. A pareidolia é um fenômeno psicológico comum no qual as pessoas enxergam padrões e coincidências onde não há nenhum. Pareidolia facial acontece quando esses padrões são rostos – e a versão cristã é enxergar rostos de Cristo. Os pesquisadores reuniram voluntários que enxergam, com frequência, rostos humanos em objetos, como a face de Jesus na parte queimada do pão – e chegaram à conclusão, nada específica, de que o cérebro vai interpretar como um rosto qualquer coisa que lembre uma faceta humana (ou divina).

A física do rabo de cavalo

A pesquisa: “Formato de um rabo de cavalo e a física estatística dos feixes de fibra de cabelos”
Os autores: time da Universidade de Cambridge e da empresa Unilever
O que significa: a indústria da beleza chamou a física para tentar entender o segredo do rabo de cavalo perfeito. Os estudos foram publicados pela Sociedade de Matemática Industrial e Aplicada e explicam quais são os vetores e forças que se contrapõe para que o rabo de cavalo fique preso na sua cabeça, mas também balance como um pêndulo enquanto você anda.

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