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Banheiro de US$ 23 milhões é enviado para testes na ISS

Entre as mudanças do novo toalete está o design mais inclusivo, pensado no conforto das astronautas mulheres durante as viagens espaciais.

Por Carolina Fioratti
Atualizado em 13 mar 2024, 14h20 - Publicado em 13 out 2020, 19h17

No início de outubro, os astronautas que estão na Estação Espacial Internacional (ISS) receberam uma missão essencial: testar o novo troninho projetado pela Nasa. Foram seis anos trabalhando para chegar a um vaso sanitário mais leve, compacto e confortável do que os atuais. 

Com um orçamento de US$ 23 milhões, a agência fabricou duas privadas espaciais. A primeira foi enviada para a ISS e, caso apresente resultados positivos, dará o alvará para que a segunda seja utilizada na missão Artemis, que mandará astronautas à Lua em 2024. O toalete espacial recebeu o nome de Sistema Universal de Gerenciamento de Resíduos

O funcionamento do novo banheiro não é tão diferente dos já existentes. Para o número um, os astronautas usam um funil conectado a uma mangueira que puxa a urina, enquanto o número dois é feito em outro assento e destinado a um saquinho coletor. A diferença do novo sistema é que, ao levantar a tampa ou remover o funil, a ventilação começa a funcionar automaticamente, sem que seja necessário acionar um botão. Além disso, é possível fazer xixi e cocô ao mesmo tempo, já que o funil e o assento foram remodelados por demanda dos astronautas. 

A mudança no design foi pensada também para promover conforto às astronautas mulheres e adequar-se à anatomia feminina. Em 2024, uma mulher pisará pela primeira vez na Lua com a Missão Artemis.

O vaso é 65% menor e 40% mais leve do que os atuais. Quanto mais compacto, melhor para a futura viagem programada, já que para cada quilograma a mais dentro de um módulo espacial, são necessários dez quilogramas extras de combustível para descer à superfície lunar e voltar à órbita. 

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O novo sistema também faz um pré-tratamento com a urina antes que ela vá para reciclagem, para ser posteriormente aproveitada como água pelos astronautas. O cocô ficará armazenado dentro de saquinhos até que seja descartado como lixo no espaço. Mas, no futuro, os cientistas pretendem utilizá-lo para obter água, já que as fezes são formadas por até 75% de líquido. 

No final de junho, a Nasa estava buscando novos designers para projetar banheiros espaciais, mostrando que essa é uma grande preocupação da agência. No entanto, o sistema recém anunciado não faz parte deste concurso, o que significa que, em breve, poderá haver outros modelos de troninhos para os astronautas. 

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