Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Bicho mais resistente do mundo aguentaria até apocalipse nuclear

E não, não é a barata.

Por Helô D'Angelo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 mar 2024, 11h28 - Publicado em 26 set 2016, 14h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Eles são os animais mais resistentes da Terra. Conseguem sobreviver no vácuo espacial, aguentam temperaturas absurdas – de -272ºC a 148°C – e são capazes de resistir a uma pressão seis vezes maior do que aquela das entranhas do oceano mais profundo. Eles também têm a habilidade de suportar mil vezes mais radiação do que a dose letal para seres humanos – e agora, os cientistas finalmente descobriram o por quê. 

    Publicidade

    E aí, conseguiu adivinhar quem é esse pokémon da vida real? Não, não estamos falando de elefantes, hipopótamos ou de alienígenas da ficção científica: o bicho mais forte do mundo se chama tardígrado – ou urso d’água para os íntimos -, um serzinho que atinge, no máximo, 1mm. Esses animais habitam lugares úmidos, como musgo, e são até bonitinhos se você não tiver uma aflição terrível (como a repórter aqui):

    Publicidade

    Na verdade, a resistência do urso d’água já é velha conhecida da ciência. Novidade mesmo é o motivo da capacidade do bichinho de sobreviver a níveis de radiação tão extremos que matariam grande parte da vida terrestre. 

    Publicidade

    Quem descobriu foi um grupo de cientistas da Universidade de Tóquioem um estudo que investiga o genoma da Ramazzottius varieornatus, uma das espécies mais resistentes de urso d’água que existem. Depois de estudar com atenção o DNA do bicho, os pesquisadores perceberam que a responsável por essa resistência toda é uma proteína batizada de “Supressora de Danos” – e apelidada “Dsup”. 

    Continua após a publicidade

    Na prática, a Dsup cria um escudo em torno do DNA dos ursos d’água, evitando que o código genético dos seres microscópicos sofra com a radiação – tudo isso sem interromper as funções básicas do DNA, como a reprodução das células. É a primeira vez que a ciência encontra, no mundo animal, um escudo genético tão poderoso quanto esse. 

    Publicidade

    LEIA: É verdade que só as baratas sobreviveriam a um desastre nuclear?

    O mais legal de tudo é que esse superpoder dos bichinhos pode, um dia, ser aplicado em pessoas: na própria pesquisa de Tóquio, os cientistas testaram a proteína protetora em células de rins humanos e perceberam que houve uma redução entre 40% e 50% nos danos nas células que estavam com o escudo proteico ativado. Esse escudo pode ser útil para viagens espaciais, para radioterapia e para proteger quem trabalha exposto à radiação: “Estamos chegando perto da ficção científica”, diz a apresentação do estudo. 

    Publicidade

    O problema é que, por enquanto, os cientistas só conseguiram proteger células isoladas. Fazer isso em animais inteiros é muito mais complicado, já que alguns dos órgãos vitais podem sofrer danos além do DNA. Ou seja: proteger só o código genético não basta contra níveis tão grandes de radiação. Por isso, o time de cientistas de Tóquio garante que esse é apenas um primeiro passo – agora, eles pretendem continuar estudando o urso d’água para compreender cada vez mais por que diabos o bichinho é tão resistente.  

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 12,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.