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Bitucas de cigarro prejudicam o crescimento das plantas

Pesquisa mostrou que a composição química dos filtros faz com que os vegetais cresçam menos e demorem mais tempo para crescer

Por André Jorge de Oliveira
22 jul 2019, 15h32

Todos os anos, 4,5 trilhões de bitucas são jogadas fora – é como se cada pessoa na Terra fumasse 600 cigarros por ano. São tantas que fazem desse tipo de lixo o mais comum no planeta. O que muita gente não sabe é que os filtros não são nada biodegradáveis: são feitos de fibra de acetato de celulose. É um bioplástico que leva anos ou décadas para se decompor no ambiente. Cientistas descobriram que o material é tóxico para as plantas.

Estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Anglia Ruskin, no Reino Unido, testou os efeitos que a presença de bitucas no solo causam na germinação e no crescimento dos vegetais. Foram avaliadas duas espécies diferentes, uma de grama e outra de trevo. Em um experimento controle, tocos de madeira foram colocados na terra para simular os objetos, enquanto em outro grupo, usaram as bitucas de verdade. 

Os resultados mostram claramente que os resíduos de cigarro fazem muito mal para as plantas. Eles reduzem 27% a taxa de sucesso da germinação do trevo, e diminuem 28% o tamanho do broto, enquanto o tamanho da raiz foi reduzido em 57%. Para a grama, a germinação caiu 10% e o tamanho 13%.

Prova de que o problema está no próprio material do filtro, e não nas toxinas da queima do tabaco, é que as bitucas, fumadas ou não, tiveram o mesmo efeito nocivo às plantas. Para o estudo, os pesquisadores coletaram amostras nos arredores da cidade de Cambridge, onde encontraram até 128 bitucas por metro quadrado. Em parques, o número chega a 100.

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“Jogar fora bitucas de cigarro parece uma forma socialmente aceitável de descarte inadequado de lixo, precisamos conscientizar as pessoas que os filtros não desaparecem e podem causar sérios danos ao meio ambiente”, disse em comunicado a bióloga Dannielle Green, líder da pesquisa. Os resultados foram publicados em um artigo no periódico Ecotoxicology and Environmental Safety.

No caso das áreas verdes urbanas, as espécies analisadas são importantes no processo de polinização e também para a fixação do nitrogênio, e no campo servem de pastagem para o gado. São necessários outros estudos para entender melhor o dano em outras plantas. Mas a mensagem é clara: não custa nada aos fumantes jogarem suas bitucas no lixo.

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