Imagine transformar uma planta chinfrim como a cana-de-açúcar na pedra preciosa mais cara e resistente que existe. Foi o que fizeram cientistas da Universidade Estadual de Campinas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e da Universidade São Francisco, em São Paulo. Primeiro eles transformaram a cana em álcool etílico e depois extraíram átomos de carbono desse líquido. Por último montaram esses átomos como um lego, na forma exata de um cristal de diamante. A pedra sintética é tão dura quanto a natural, despertando o interesse da Nasa. A agência espacial americana quer usar a tecnologia brasileira para produzir brocas e, com elas, perfurar a superfície de outros planetas. O problema é que a fabricação do diamante brasileiro ainda é muito lenta. “Gasta-se um dia para obter uma placa de 1 centímetro quadrado”, disse à SUPER o químico Steven Durrant, um dos criadores do método.