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Como a Nasa pinta os seus jipes espaciais?

Cobrir com tinta os veículos que irão explorar Marte é algo tão complexo quanto enviá-los até lá: no processo, é preciso usar até um forno gigante.

Por Rafael Battaglia
31 jan 2019, 19h56
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  • Pintar os jipes espaciais (os famosos rovers) que vão explorar a superfície de Marte é uma ciência quase tão complexa quando a engenharia necessária para fazê-los chegarem até lá.

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    Mas como funciona esse processo? O site Tech Insider publicou recentemente um vídeo que destrincha o passo a passo da Nasa da montagem do Mars 2020, o rover que a agência espacial irá enviar ao planeta vermelho no ano que vem. A previsão é que ele chegue por lá no dia 8 de fevereiro de 2021.

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    O vídeo, com legendas em inglês, está disponível no YouTube, mas pode ficar tranquilo: a gente conta por aqui.

    Friamente calculado

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    Tudo começa no laboratório, onde o processo de pintura é muito diferente do que é usado nos carros. Na indústria automobilística, enquanto todos os passos (lixamento, pintura, proteção contra raios ultravioleta, etc.) são feitos em uma linha de montagem, aqui é praticamente artesanal: a montagem de um rover consome, ao todo, quase 5 mil horas de trabalho.

    Antes de aplicar a tinta, as chapas de alumínio, que compõem a lataria do jipe, são montadas e verificadas. Os materiais que irão compor o veículo foram pensados para suportar o ambiente inóspito do planeta vermelho: ausência de atmosfera, tempestades de areia e temperaturas até -73ºC.

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    Como há certas partes que não podem receber a pintura, como caixas eletrônicas e compartimentos para cabos e instrumentos científicos, os engenheiros precisam colocar cuidadosamente fitas para proteger essas áreas. E haja cuidado. Todas as fitas são medidas com precisão e cortadas usando um computador como guia. Depois, os cientistas vão grudá-las em todos os espaços e, só então, começam a escovar o alumínio do chassi – é uma forma de facilitar a fixação da tinta posteriormente.

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    Saindo do forno

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    O próximo passo é a pintura de fato. A tinta usada é a branca, assim ela refletirá o máximo de radiação solar e evitará o superaquecimento do rover. Antes de cobrir o veículo com ela, os engenheiros checam se o material está na densidade adequada para que seja distribuída uniformemente pela carcaça do jipe explorador.

    Logo após essa etapa, o rover está pronto para ir ao forno. Literalmente. Como se fosse um frango, ele é embalado e posto em uma enorme câmara térmica à vácuo, onde vai “cozinhar” por três dias a 110ºC. Isso acontece para garantir que ele esteja esterilizado, livre de água ou qualquer outra substância.

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    Para chegar em segurança até a próxima área do laboratório, o rover recebe uma outra camada de embalagem assim que sai do forno. A última parte consiste em colocar o restante dos seus componentes, entre eles a parte eletrônica, que permitirá o controle remoto do robô. Tudo é feito com máscaras e luvas, em um ambiente tão limpo quanto o de um hospital. Depois de toso esse meticuloso processo, fazer ele voar até Marte nem parece tão complicado assim.

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