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Como as pessoas reagem a lixeiras robôs? Experimento em NY investigou

Pesquisadores controlaram as máquinas secretamente para descobrir como seria a interação dos humanos com elas. O objetivo é incentivar o descarte correto.

Por Luisa Costa
27 abr 2023, 17h38

Quando você coloca duas lixeiras autônomas em uma praça de Manhattan, Nova York, muita coisa pode acontecer. Uma criança vai acenar para os robôs, examinando-os com curiosidade, enquanto alguém vai achar a cena assustadora e mostrar o dedo do meio para as câmeras de 360 graus acopladas nos baldes.

Mas a maioria das pessoas vai colaborar alegremente com os robôs, entregando-os lixo e, às vezes, tratando-os como se fossem cachorros – dizendo “bom garoto!” quando um deles vai para a direção correta. 

É o que descobriu um experimento de pesquisadores da Cornell University (Estados Unidos). Eles construíram duas lixeiras com rodinhas – uma para lixo reciclável, outra para não reciclável – que podiam ser controladas remotamente com um joystick. Então, levaram-nas até a praça para investigar como as pessoas reagiriam aos robôs aparentemente autônomos.

Por que controlar robôs secretamente? Esse tipo de pesquisa, conhecida como experimento do Mágico de Oz, é útil para o desenvolvimento de um protótipo porque fornece aos cientistas uma amostra das situações que o robô encontra ao interagir com humanos – e dá pistas sobre como deve ser construído o robô autônomo.

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As câmeras acopladas nas lixeiras não só permitiam que os pesquisadores pilotassem as lixeiras remotamente, mas também forneceram as filmagens para a investigação posterior. A primeira conclusão da equipe foi de que os robôs chamaram atenção significativa e promoveram interações (humano-humano e humanos-lixeiras) no espaço público.

Os nova-iorquinos que aparecem nas filmagens tendiam a presumir que os robôs eram amigos e gostariam de receber lixo. Quando a lixeira se aproximou de uma mulher sentada na mesa da praça, ela afirmou: “Eu acho que ele sabe que estou há bastante tempo aqui. Eu deveria dar-lhe alguma coisa.” Então, esvazia e descarta seu copo.

As pessoas também costumavam ajudar os robôs, tirando cadeiras de seu caminho; chamá-los para descartar copos plásticos e outros objetos; agradecê-los e parabenizá-los pelo “bom trabalho”. Confira abaixo:

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A equipe já havia implantado um robô-lixeira no campus da Stanford University (EUA), e as reações das pessoas foram igualmente positivas. O último trabalho, publicado em março, continuou as pesquisas anteriores, repetindo o experimento em um centro urbano, com mais de um robô.

Agora, a equipe quer investigar outras partes de Nova York. “Todo mundo tem certeza de que seu bairro se comportaria de maneira muito diferente [em relação aos robôs-lixeira]”, disse Wendy Ju, que liderou o estudo, em comunicado. “Então, a próxima coisa que esperamos fazer é um estudo em cinco distritos.” 

Com tantos experimentos, a expectativa é que, em breve, robôs autônomos incentivem o descarte correto de lixo na cidade americana.

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