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Como funciona a Estação Espacial Internacional

Ela parece um hotel. Com uma pequena diferença: viaja pelo espaço a milhares de quilômetros por hora. Entenda a ISS

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h49 - Publicado em 3 jun 2013, 22h00

Por Felipe Van Deursen, Luiz Romero, Bianca Carneiro, Débora Backes, Alexandre de Santi, Ricardo Davino e Jonatan Sarmento

Com cabines para dormir, banheiros e espaço para fazer exercícios, a Estação Espacial Internacional lembra um hotel. O hotel mais veloz do mundo: viaja pelo espaço a 27 mil km/h. Além disso, se fosse um hotel, estaria constantemente em baixa temporada: recebeu apenas 98 visitantes em 12 anos de atividade. E conta com turistas que estão longe do lazer das férias. Eles passam o tempo todo pesquisando nos laboratórios científicos dentro da estação e trabalhando duro para instalar as pesadas peças que trouxeram da Terra. A construção desse complexo de 420 toneladas começou em 1998, depois de mais de uma década de estudos. Como seria impossível montá-lo na Terra e enviá-lo ao espaço, a solução foi fazer peças que pudessem ser lançadas por foguetes, uma por uma. A ISS (International Space Station, na sigla em inglês) foi construída como um quebra-cabeça, com investimentos de EUA, Japão, Rússia e alguns países da Europa – mas com ajuda de astronautas do mundo inteiro. Inclusive o brasileiro Marcos Pontes, engenheiro de sistemas que participou de testes das peças e depois da construção. Depois de 40 voos para montagem, a estação ainda não está concluída. E, em dezembro deste ano, a ISS ganhará um novo cômodo: um laboratório equipado com um braço robótico.

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A NAVE RUSSA
1. A Soyuz está em atividade desde os anos 60. Usada para levar os astronautas até a ISS, ela carrega até três passageiros. Em emergências, pode ser usada para trazer astronautas de volta.

MÓDULO DE SERVIÇOS
2. Hora de dormir
Cada astronauta descansa dentro de um saco de dormir na vertical. Parece desconfortável, mas, pela falta de gravidade, o corpo não sente a diferença.

3. Comida de avião
Não existe cozinha, somente uma mesa que ajuda a evitar que colheres e garfos flutuem. Também não tem geladeira. Por isso, a comida chega enlatada ou desidratada.

4. Ida ao banheiro
No banheiro, a urina vai para uma mangueira (com uma das extremidades mais larga) e as fezes para um vaso com um buraco bem menor. É preciso ter boa mira para não fazer bagunça. No caso de acidentes, o banheiro guarda luvas e desinfetantes.

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5. Malhação no espaço
A falta de gravidade tem um efeito desagradável: por não precisarem suportar o corpo, ossos e músculos podem ser danificados durante a viagem. “Exercícios físicos diários ajudam a reduzir problemas e restauram um pouco a perda de densidade óssea”, conta o astronauta Marcos Pontes.

LABORATÓRIOS
6. A área de pesquisas
Existem três laboratórios na ISS: o americano, o europeu e o japonês. Neles, são realizados experimentos pautados por institutos do mundo inteiro. O Brasil, inclusive, já mandou oito.

7. Módulo pressurizado
O laboratório japonês, chamado de Kibo, é o maior da Estação. Ele abriga o Módulo Pressurizado, onde são realizadas experiências com microgravidade e radiação cósmica.

8. Complexo Exposto
Esta área é aberta, para experiências sem gravidade. Cabia ao Brasil produzir uma peça-chave aqui: uma plataforma onde os experimentos ficariam presos. Mas não entregamos no prazo e uma empresa americana teve de improvisar.

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9. Brincando de girar
Pela falta de gravidade, ao desmontar alguma peça, partes pequenas podem sair voando pela Estação. Também é possível que, enquanto utiliza uma chave inglesa, se não estiver preso, o astronauta acabe girando com a ferramenta.

O PORÃO DA NAVE
10. Este pedaço era utilizado para mudar a posição da ISS. Atualmente, armazena suprimentos. O FGB (Functional Cargo Block, na sigla em inglês) foi a primeira peça da ISS a ser colocada no espaço.

ENTRADA E SAÍDA
11. Esta cabine é usada pelos tripulantes antes das caminhadas externas. É dentro dela que ficam os trajes espaciais e onde ocorre a despressurização.

USINA ESPACIAL
12. Os oito painéis solares que fornecem energia para a Estação medem 35 metros e contam com cerca de 32 mil células solares. Eles geram uma energia total de 84 KW, suficiente para abastecer cerca de 40 casas.

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PORTA DE ENTRADA
13. Aqui, os ônibus espaciais americanos encaixam na estação.

Fontes NASA, Agência Espacial Europeia e Marcos Pontes, astronauta brasileiro.

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