A estrela mais próxima de nós é Alpha Centauri, a 41,5 trilhões de quilômetros. Mas não foi preciso ir lá para saber.
Hoje, nossa distância até os astros é medida com complexos cálculos trigonométricos, mas a lógica é bem simples. Para entender, faça o seguinte: ponha o dedão na frente do rosto e feche o olho esquerdo; agora feche só o direito. Repare que seu dedão “andou” em relação ao plano de fundo. Esse deslocamento aparente se chama paralaxe.
É assim que os astrônomos calculam a distância de uma estrela vizinha (até 96 anos-luz). Só que, em vez de dois olhos, a astronomia usa a órbita da Terra: janeiro seria seu olho direito, e junho, quando o planeta está do outro lado do Sol, seu olho esquerdo (ver infográfico abaixo).
Para astros mais distantes, o deslocamente angular é pequeno demais para ser medido. O truque, então, é achar um astro próximo com luminosidade conhecida e usá-lo como parâmetro.
Entenda como se monta a equação que mede a distância até as estrelas
1. PONTOS…
Em janeiro, os astrônomos observam a posição de uma estrela próxima da Terra.
2. …DE VISTA
Em julho, a Terra está no ponto oposto da sua órbita. Quando a mesma estrela é observada, ela parece ter se deslocado.
3. SENO E COSsENO
Os astrônomos pegam esse deslocamento aparente da estrela e, graças à mágica da trigonometria, obtém-se a distância da estrela.
LONGE DAQUI
Para astros mais distantes, o método é diferente: compara-se a luz da estrela com a de astros conhecidos e aí se faz uma estimativa.