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Confira as primeiras imagens do espaço tiradas com a maior câmera da história

O Observatório Vera C. Rubin, no norte do Chile, acabou de divulgar as primeiras fotos de seus testes, dando um gostinho dos próximos 10 anos de projeto.

Por Eduardo Lima
23 jun 2025, 18h00

O Observatório Vera C. Rubin, no Chile, é um prédio de 18 andares que abriga a maior câmera já construída. Esse supertelescópio vai passar dez anos mapeando o céu do hemisfério sul. Agora, as primeiras imagens de testes desse projeto ambicioso foram divulgadas.

A câmera de três toneladas tem uma definição de 3,2 bilhões de pixels, e vai ser usada para o Legacy Survey of Space and Time (LSST), um projeto de uma década, com participação brasileira, para mapear o universo a partir do norte do Chile e entender melhor suas transformações.

O observatório de US$ 810 milhões (R$ 4,4 bilhões) fica no Chile, mas foi financiado pelo Departamento de Energia e pela Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos.

No total, 28 países estão envolvidos no projeto de pesquisa, que tira fotos do céu a cada 30 segundos. Pelos próximos dez anos, o supertelescópio vai fotografar cada pedaço do cosmos 800 vezes, voltando para o mesmo ponto a cada três dias.

As primeiras imagens do Observatório Vera C. Rubin foram divulgadas nesta segunda-feira (23). Galáxias gigantes, cores vibrantes e enormes nuvens de poeira estelar dão o primeiro gostinho do que será “um projeto revolucionário”, de acordo com o astrofísico brasileiro Luiz Nicolaci da Costa, que conversou com a Super sobre o LSST no ano passado.

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Veja as fotos

Só em 10 horas de observação de teste, o supertelescópio conseguiu identificar 2104 asteroides no sistema solar que nunca tinham sido avistados. Quando estiver funcionando a pleno vapor, a cada noite, o observatório vai coletar cerca de 15 terabytes de dados sobre o espaço, produzindo um filme astronômico para detectar mudanças no universo.

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Uma das fotos desse teste divulgadas pelo Observatório Vera C. Rubin foca no Aglomerado de Virgem, um grupo de cerca de 1500 galáxias. Foi observando esse aglomerado de galáxias na década de 1930 que o astrônomo Fritz Zwicky chegou à conclusão de que deveria haver algum tipo de matéria escura no universo.

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Agora, o mapeamento do LSST pretende entender mapear o universo para entender mais sobre a energia escura.

Parte do Aglomerado de Virgem pode ser vista na fusão de três galáxias no canto superior direito desta imagem tirada pelo supertelescópio. A foto mostra várias galáxias próximas ao aglomerado:

Fotografia de duas galáxias espirais proeminentes (abaixo à direita), três galáxias em fusão (acima à direita) no aglomerado de Virgem, bem como vários grupos de galáxias distantes, muitas estrelas na Via Láctea.
(Observatório Vera C Rubin da NSF-DOE/Reprodução)
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As imagens do telescópio são tão grandes, numa definição tão alta, que precisariam de 400 televisões ultra HD para mostrar uma delas no tamanho completo.

A foto abaixo é uma junção de 678 imagens diferentes que o Observatório Vera C. Rubin tirou durante sete horas de observação do céu. Ela mostra em grande detalhe, no centro da foto, a Nebulosa Laguna, uma enorme nuvem interestelar na constelação de Sagitário, e também a Nebulosa Trífida no canto direito superior:

Fototografia das nuvens de gás e poeira que compõem a nebulosa Trífida (canto superior direito) e a nebulosa Lagoa, que estão a milhares de anos-luz de distância da Terra, podem ser vistas.
(Observatório Vera C Rubin da NSF-DOE/Reprodução)
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Se esses são os resultados de dez horas de trabalho, dá para imaginar as coisas impressionantes que o supertelescópio vai observar e registrar nos próximos dez anos. Os astrônomos pretendem coletar dados sobre 40 bilhões de estrelas e galáxias durante a década vindoura.

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