Conheça a varíola do Alasca, doença rara que fez 1ª vítima letal nos EUA
Apenas sete casos da doença foram registrados desde 2015. O vírus não se transmite de humano a humano – é provável que os vetores sejam ratos e pets.
Os EUA acabam de registrar a primeira morte causada por uma doença rara chamada varíola do Alasca. De acordo com o Depto. de Saúde do Alasca, apenas sete pessoas foram identificadas com essa infecção desde 2015.
Seis delas moram na cidade de Fairbanks e seus arredores, onde também há registro de ratos carregando o Alascapox – nome da pestinha responsável pelo problema.
O Alaskapox é um vírus com DNA de fita dupla descoberto em 2015 (entenda o que significa a fita dupla neste texto da Super). Ele pertence ao gênero Orthopoxvirus, o mesmo da varíola clássica, da varíola bovina e da varíola do macacos.
Todos os pacientes identificados tinham cães ou gatos na época em que contraíram a doença, ou seja: é possível (mas não certo) que os pets tenham tido algum papel na transmissão. Não há nenhuma evidência de que o vírus consiga pular de humano para humano.
O caso recente
As autoridades informaram que a vítima mais recente, morta neste mês de janeiro, vivia isolada em uma área de floresta da península de Kenai, não havia viajado recentemente e estava com o sistema imunológico debilitado por causa do tratamento de um câncer.
O homem, que não teve seu nome revelado pelas autoridades, foi ao hospital em setembro de 2023 por causa de um machucado na axila direita. O ferimento era um arranhão de um gato de rua do qual ele tomava conta, que vivia caçando pequenos animais na região.
Os principais vetores do Alaskapox provavelmente são pequenos roedores, como ratazanas, musaranhos e ratos de dorso vermelho típicos da região. Não é coincidência que esse seja o tipo de animalzinho que gatos de rua gostam de capturar.
“Como a varíola do Alasca é rara, nossa mensagem número um é que os habitantes do Alasca não devem se preocupar excessivamente com esse vírus, mas devem estar ciosos de sua existência”, disse Joe McLaughlin, chefe da Seção de Epidemiologia do estado, ao New York Times.
Entre os principais sintomas da doença, assim como ocorre com outros tipos de varíola, estão dores no corpo e a aparição de pústulas vermelhas na pele. O vírus também pode atingir os gânglios linfáticos, aumentando o risco de infecção por outras doenças (especialmente em pessoas que já estão imunossuprimidas).