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Covid-19: levantamento permite comparar as curvas de casos e de mortes nas capitais

Ferramenta desenvolvida pela Veja traz a média móvel de casos e óbitos no Brasil, por regiões, estados e cidades, e deixam claras as diferenças na evolução da pandemia.

Por Bruno Carbinatto
Atualizado em 17 jul 2020, 20h10 - Publicado em 17 jul 2020, 19h04

O primeiro caso de covid-19 no Brasil foi confirmado no dia 26 de fevereiro, e a primeira morte foi registrada no dia 16 de março. Mais de quatro meses depois, totalizamos mais de dois milhões de casos e estamos em segundo lugar no ranking mundial, atrás apenas dos Estados Unidos.

Para acompanhar a evolução dos casos no Brasil, a Veja (também da Abril, que publica a SUPER), preparou um levantamento inédito que mostra média móvel semanal de casos e mortes no país. Você pode acompanhar todas as atualizações neste link.

Como o País tem dimensões continentais e muitas diferenças socioeconômicas entre os estados, analisar apenas o cenário nacional não fornece todas as nuances necessárias para realmente acompanhar o andamento da epidemia. Por isso, o levantamento da Veja também traz as curvas das cinco regiões do país, bem como dos 26 estados e do Distrito Federal e das 27 capitais. Isso permite observar detalhes interessantes.

A região Sudeste, por exemplo, tem uma curva que mostra tendência de estabilização. Analisando estado a estado, porém, vemos que o único estável da região é São Paulo – Rio de Janeiro e Espirito Santo estão em queda de casos, enquanto Minas Gerais apresenta um crescimento constante. Comparando diferentes regiões, o Norte tem uma queda acentuada na maioria de seus estados, enquanto a pandemia cresce vertiginosamente no Sul.

Como a ferramenta é interativa, você pode fazer suas próprias análises, comparando quaisquer dois estados ou regiões.

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Os gráficos utilizam a chamada média móvel semanal para mensurar os casos diariamente (em vez do número bruto de casos notificados). A média móvel é calculada somando os casos dos últimos sete dias e dividindo o valor por sete. Em outras palavras, o número de mortos desta sexta, dia 17 de julho, foi calculado somando-se todos os mortos desde o dia 11 de julho – e então divindindo o valor por sete.

Essa métrica parece alienígena de início, mas é a mais adequada e confiável para analisar a evolução da pandemia porque dribla o problema as variações diárias que ocorrem na notificação dos casos por conta de atrasos no envio de dados por órgão públicos – algo que acontece com frequência nos finais de semana.

Usando as médias móveis de todos os dias, é possível avaliar se o número de mortes está em evolução, estabilização ou queda. A fonte das informações é o Ministério da Saúde.

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(Revista Veja / Ministério da saúde/Reprodução)

A imagem acima mostra a evolução dos casos no Brasil todo até esta sexta, 17 de julho. Primeiro, houve uma subida quase constante até o final de junho. Depois, a partir do dia 25, começou o que parece ser uma estabilização, com a média móvel ficando entre 35 e 38 mil novos casos todos os dias. O mesmo parece estar ocorrendo com o número de mortes: desde junho, a média móvel de óbitos diários tem ficado entre 900 e 1100, como é possível observar no gráfico abaixo:

17-07_indicemortes_SITE
(Revista Veja / Ministério da saúde/Reprodução)

No mundo todo, curvas como essas são usadas para avaliar a evolução da pandemia e para analisar políticas públicas, como a decisão de reabrir ou não a economia do país. Embora uma estabilização de casos seja melhor que uma subida, só estaremos realmente no controle da crise quando houver uma queda no número de casos. A situação é ainda pior se a estabilização acontecer em um patamar alto, como é no caso do Brasil. Quanto mais ficarmos em casa, mais rápido a curva cairá – e mais cedo poderemos sair.

 

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