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Edição genética pode alterar o comportamento de hamsters

Cientistas bloquearam a ação de um neurotransmissor, e esperavam que os bichinhos se tornassem menos sociáveis - mas aconteceu justamente o contrário

Por Leo Caparroz
23 Maio 2022, 18h27
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  • Um grupo de cientistas da Universidade do Estado da Georgia, nos EUA, se propôs a estudar qual a influência dos genes sobre o comportamento. Eles criaram hamsters modificados geneticamente e eliminaram o receptor Avpr1a, que é ativado pela vasopressina – um hormônio que também atua como neurotransmissor e tem relações com comportamento social, questões emocionais e memória.

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    Como os bichos não tinham o receptor, os cientistas esperavam que eles apresentassem menor atividade social e diminuição na agressividade – o que não aconteceu.

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    Na verdade, o resultado foi o exato oposto: os hamsters que não tinham o receptor mostraram altos níveis de comunicação social e agressão. Diferenças sexuais relacionadas à agressividade também desapareceram – animais de ambos os sexos exibiram níveis elevados de agressão com indíviduos do mesmo sexo.

    “Apesar de sabermos que a vasopressina aumenta comportamentos sociais agindo em algumas regiões do cérebro, é possível que os impactos mais gerais [dela] sejam inibitórios,” disse H. Elliott Albers, um dos autores do estudo.

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    Essa descoberta inesperada pode ajudar a aumentar o entendimento sobre o funcionamento do cérebro e como os genes interagem com a rede neural. Os hamsters usados têm respostas ao estresse semelhantes à nossa – eles também produzem cortisol – e têm organização social mais semelhante a dos humanos do que os ratos, por exemplo.

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    Isso indica que as respostas obtidas no estudo talvez se apliquem a humanos. Assim, fornecendo uma base importante para entender como nossos genes interagem com nosso cérebro e controlam nossos comportamentos.

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    O estudo mostra como a edição genética está bem desenvolvida, em grande parte pela utilização da técnica CRISPR-Cas9 – que foi empregada nessa pesquisa. Os cientistas esperam que seus trabalhos ajudem a desenvolver tratamentos e entender melhor condições neurais, como a ansiedade e a depressão.

    “Compreender o papel da vasopressina no comportamento é necessário para ajudar a identificar potenciais tratamentos novos e mais eficazes para diversos distúrbios neuropsiquiátricos, do autismo à depressão,” afirma Alberts.

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