Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Empresa de biotecnologia cria rosa que não murcha

Suplemento genético na água do vaso desacelera o envelhecimento das flores

Por Ana Carolina Leonardi
Atualizado em 31 out 2016, 18h59 - Publicado em 13 jun 2016, 18h45

O Dia dos Namorados passou e as flores já começaram a murchar. Para evitar a cena deprê de jogar fora os buquês presenteados em dias especiais, uma empresa de biotecnologia está testando terapia genética para rosas, petúnias e cravos.

A Monsanto é conhecida por produzir alimentos transgênicos, como milho e soja – e está entre as empresas mais polêmicas do mundo. Não só a segurança dos seus alimentos é constantemente questionada, mas a empresa no seu histórico desde o aspartame, adoçante que foi associado a risco maior de câncer, até o Agente Laranja, arma química usada no Vietnã.

A nova empreitada da empresa é testar formas menos radicais de modificar organismos temporariamente, ao invés de alterar permanentemente o DNA das plantas.

Alguns tipos de flores produzem o hormônio etileno quando terminam de desabrochar – e é isso que faz com que elas murchem, para a tristeza dos românticos. Isso porque a função da flor é chamar a atenção de polinizadores, como as abelhas, para que a planta se reproduza. Só que ter uma flor bonita e viçosa gasta muita energia da planta e, uma vez que a abelha já passou por lá, o etileno começa a ser produzido para derrubar as pétalas.

Continua após a publicidade

A técnica da Monsanto consiste em usar proteínas (que a empresa não diz exatamente quais são) contendo informações genéticas para suprimir a produção de etileno nas plantas. Essas moléculas são absorvidas através de cortes no caule da planta ou através da água colocada no vaso.

A ideia foi patenteada pela empresa – que, nos primeiros testes, conseguiu manter rosas lindas e vibrantes por 2 semanas.

LEIABem-me-quer, mal me quer

Continua após a publicidade

Pode parecer muito trabalho só por um buquêzinho, mas os produtores de flores têm custos altíssimos para que elas cheguem frescas às floriculturas, chegando a usar aviões como transporte. Essa indústria baseada em plantas frágeis chega a movimentar US$ 20 bilhões por ano, e tem muito a ganhar com flores mais resistentes.

As alternativas até agora para combater o envelhecimento dos buquês passam por dois grandes problemas: ou não funcionam direito, ou são péssimas para o meio ambiente. Dentro dos cargueiros, as flores geralmente recebem doses de dois gases que também agem inibindo o etileno. O metilciclopropeno só funciona em ambientes fechados e altamente controlados. No ar fresco, perde o efeito. Já o tiossulfato de prata é um poluente e deixa resíduos que podem acabar contaminando a água e o solo.

Já o suplemento genético promete criar rosas “bombadas” de forma inofensiva e duradoura – dando aos apaixonados a vantagem de lembrar do seu amor por muito mais tempo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.